Rudolf Buchbinder faz dois recitais na Sala São Paulo
Pianista de 65 anos fala sobre educação, arte e sua coleção de filmes e documentos
Um dos mais reconhecidos intérpretes de Beethoven, o virtuoso pianista Rudolf Buchbinder, de 65 anos, executa quatro sonatas do compositor alemão — as de número 6, 8, 14 e 23 —, além de uma de Chopin, em dois recitais na Sala São Paulo, na segunda (30) e quarta (1º)
+ Confira mais concertos em São Paulo
O mais jovem aluno a ingressar na Escola de Música de Viena, aos 5 anos, o austríaco já se apresentou com as orquestras de Berlim, Nova York, Londres, entre tantas outras. Em sua discografia, destaca-se a recente gravação em vídeo dos cinco concertos para piano e orquestra de Beethoven com a Filarmônica de Viena, em maio de 2011. Em CD, registrou ainda todas as sonatas de Haydn e todos os concertos para piano de Mozart.
Gosta de pintar e colecionar: guarda desde filmes clássicos em DVD até documentos raros. Vangloria-se de alguns itens, como as partituras para piano de Brahms, autografadas pelo próprio músico.
Abaixo, Buchbinder fala sobre educação, arte e mais.
VEJA SÃO PAULO — Qual é a primeira lição que você geralmente gosta de deixar para um estudante de piano?
Rudolf Buchbinder â A única coisa que posso dar a eles é a minha experiência. O maior erro que posso cometer é falar que estão fazendo tudo errado. Se fizer isso, eles vão se fechar, voltar aos seus professores, o que não é bom.
VEJA SÃO PAULO — Quais as diferenças entre gravar os mesmo cinco concertos para piano de Beethoven com as orquestras de Viena e da Holanda?
Rudolf Buchbinder â É muito difícil comparar orquestras. A regência é outra. A sessão de cordas pode interpretar de forma diferente, por exemplo, mas isso não muda o fato de que todas elas fazem parte da “champions league” da música erudita por alguma razão.
VEJA SÃO PAULO — O senhor se lembra de se dedicar às composições de Beethoven ainda muito jovem?
Rudolf Buchbinder â Na escola, nós começamos com Bach. Mais tarde o que me interessou nas sonatas de Beethoven foi o fato de que ele conseguiu transmitir um sentimento diferente em cada uma de suas composições. Todas representam muito bem o que ele estava sentindo naquele determinado momento.
VEJA SÃO PAULO — O senhor teve a oportunidade de conviver com pianistas brasileiros. Qual é sua opinião sobre esses músicos?
Rudolf Buchbinder â Nelson Freire é um pianista maravilhoso. Não importa se o músico é japonês ou americano, música é a única linguagem do mundo que não exige um tradutor. Jacques Klein foi um bom amigo. É realmente uma pena que tenha morrido.
VEJA SÃO PAULO — O senhor usa o tempo livre para pintar. Consegue dizer se segue algum estilo?
Rudolf Buchbinder â A pintura é um hobby maravilhoso. É um momento em que preciso ficar quieto. Você pode dizer que faço um realismo fantástico.
VEJA SÃO PAULO — A respeito de sua coleção de partituras, pode falar sobre a peça mais valiosa?
Rudolf Buchbinder â Meu item mais valioso são as partituras para piano de Brahms, assinadas por ele. Elas foram compradas em um leilão, há cinco anos.
Os 10 melhores filmes de 2025
Réveillon da Avenida Paulista 2026: confira a programação completa
Caso Ângela Diniz: o que aconteceu com Doca Street depois de matar namorada?
Calendário 2026: confira os feriados e datas facultativas
5 restaurantes que ficam abertos em São Paulo entre o Natal e o Ano-Novo





