A proliferação de empresas dedicadas a alugar depósitos
Empresas de guarda-móveis criam mais boxes e ficam mais modernas
Em 2014, foram lançadas 31 778 unidades residenciais na capital, segundo um levantamento do Secovi, o sindicato da habitação. Desse total, um terço tem menos de 45 metros quadrados. As casas e apartamentos cada vez menores fizeram desaparecer o quartinho da bagunça, que sempre armazenou pertences de pouco uso. A tendência virou uma grande oportunidade de negócios para as empresas de guarda-móveis. No último ano, três companhias começaram a operar no mercado paulistano — Box Certo, GoodStorage e Metrofit. Com isso, surgiram quase 3 000 boxes disponíveis na capital — mais 2 000 serão oferecidos até 2016.
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Outra mudança importante ocorreu no perfil do serviço. Por aqui, aos poucos, o conceito americano de self-storage começa a ser adotado, no lugar do sistema antigo. Os ambientes são monitorados por câmeras de segurança, e algumas empresas oferecem até boxes climatizados para o armazenamento de vinhos. A facilidade na locação, que não exige fiador, é mais um atrativo. Basta pagar o mês adiantado para ter o seu cubículo. “É como se fosse a extensão da casa”,diz Flávio Del Soldato Junior, presidente da Asbrass, associação que reúne companhias de self-storage.
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Esse formato chegou por aqui em 1993 com a Kipit. Em outubro do ano passado, ela foi adquirida pelo Pátria Investimentos e, há um mês, mudou de endereço — foi da Marginal Pinheiros para a Vila Leopoldina. Também aumentou o número de boxes, de 120 para 1 000. O interesse pelo setor tomou um impulso grande em 2012, quando o bilionário americano Sam Zell investiu 58 milhões de dólares na aquisição da GuardeAqui. Até o início de 2016, a rede, que possui três endereços na metrópole, vai inaugurar duas unidades: uma no Limão e a outra na Marginal Tietê.
No total, a capital possui atualmente 38 empresas do ramo. Cerca de 60% dos clientes são pessoas físicas, como o administrador Cezar Zarza. “Tenho três espaços alugados, dois deles só para guardar livros”, conta ele. Outra freguesa desse mercado, a arquiteta Andrea Klein Loyola alugou em janeiro quatro boxes para proteger móveis e objetos durante a reforma que realiza em sua casa, no bairro do Morumbi. Paga 2 160 reais por mês pelo serviço, mas diz que o benefício acaba compensando. “É tudo limpo e organizado”, elogia.
Locação de espaços
As principais companhias do setor na capital
Box Certo
Unidade: uma (Butantã)
Boxes: 92
Preço médio: 50 reais/m²
GoodStorage
Unidades: três (Avenida do Estado, Casa Verde e Vila Leopoldina)
Boxes: 1 530
Preço médio: 80 reais/m²
GuardeAqui
Unidades: três (SantoAmaro, Liberdade e Lapa)
Boxes: 2 100
Preço médio: 70 reais/m²
Inbox Guarda Tudo
Unidades: duas (Jaguaré
e Santo Amaro)
Boxes: 800
Preço médio: 85 reais/m²
Kipit
Unidade: uma
(Vila Leopoldina)
Boxes: 1 000
Preço médio: 67 reais/m²
Metroft
Unidade: uma
(Marginal Tietê)
Boxes: 500
Preço médio: 75 reais/m²