Quem são Eduardo e Mônica?
Entrevistamos os atores que vivem o casal mais comentado do Twitter
Deve ter sido uma das únicas vezes — se não a única — em que se comemorou aniversário de uma canção. E provocou um alvoroço danado, como provavelmente pretendia a operadora de celulares por trás da ideia. Do que falamos? Do fenômeno “Eduardo e Mônica”, vídeo publicitário que entrou no ar ontem sob o pretexto de lembrar os 25 anos da composição de Renato Russo e, claro, o Dia dos Namorados.
Num clipe de mais de 4 minutos, o casal criado pelo líder do Legião Urbana vive um amor pontuado por telefones, tablets e afins. Quer dizer, no fim das contas a Monica não gostava só do Bandeira e do Bauhaus, Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud…
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Tuiteiros e facebookeiros se encantaram com o clipe e puseram-se a divulgá-lo espontaneamente em seus perfis a ponto de Eduardo e Mônica virarem um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Aí começou a curiosidade na web — e aqui na redação — sobre quem são os atores revelados no vídeo. Com vocês, Pedro De Vitto, 20 anos, e Thaís Medeiros, 29. O que conversamos com eles:
VEJA SÃO PAULO — Qual a relação de vocês com a canção, lançada há 25 anos?
Pedro De Vitto — Nem era nascido. Lembra um pouco a minha adolescência, não muito. Quando era mais novo, escutava aquela do “Caboclo”, também do Legião, mas nem sei o nome direito. [Faroeste]
Thaís Medeiros — Não tenho lembranças da época, porque era muito nova. Mas fez parte da minha infância e remete muito à adolescência, o clima de escola, viagens… Fala de uma relação improvável, e isso atrai gente de muitas gerações.
VEJA SÃO PAULO — Enquanto Eduardo ia para o colégio, Mônica cursava medicina. E vocês, o que fazem?
Pedro De Vitto — Trabalho em um banco e estudo Relações Internacionais. Mas o que curto mesmo é ser ator, coisa que por enquanto faço mais como hobby.
Thaís Medeiros — Sou atriz profissional há dez anos. Já fiz alguns comerciais e outros curtas. Fundei uma companhia de teatro, a Cia.Delas, e meus últimos trabalhos de destaque foram as peças infantis “História por Telefone” e “Pelos Ares”, além do espetáculo “Cinema”, de Felipe Hirsch.
VEJA SÃO PAULO — São fãs do Legião Urbana?
Pedro De Vitto â Não sou um megafã, mas às vezes coloco para tocar aqui, fico apreciando o trabalho deles. Minha irmã, que tem 16 anos, gosta bem mais.
Thaís Medeiros — Confesso que não sou louca pelo Legião (risos). Diante de tamanha responsabilidade, por ter feito esse filme, acho que até gosto mais agora. Mas nunca foi minha banda favorita.
VEJA SÃO PAULO — O que vocês têm em comum com os personagens da música?
Pedro De Vitto â Acho que a parte brincalhona, extrovertida. Talvez ele seja um pouquinho mais maduro que eu na segunda metade da canção.
Thaís Medeiros — A Mônica é uma mulher contemporânea, urbana, e me identifico porque sou muito “de cidade” e também busco meus ideais. Ela é resolvida com o corpo, com a vida, pode namorar um cara mais novo e é desprovida de preconceito. Então, modestamente, posso dizer que me identifico.
VEJA SÃO PAULO — Esperavam essa repercussão tão grande e rápida?
Pedro De Vitto â Não tanto. Acho que isso é bom para o meu trabalho porque não estou me expondo em um comercial de pasta de dente, mas sim em um curta-metragem com toda uma história por trás, com muito mais prestígio. Não é só o comercial pelo comercial.
Thaís Medeiros — Recebi um monte de telefonemas desde ontem, até de gente chorando. Não esperava, não. Eu sabia que seria uma coisa bem feita e tive certeza disso durante o processo.
VEJA SÃO PAULO — Já encontrou seu Eduardo ou sua Mônica na vida real?
Pedro De Vitto â Encontrei! Até porque minha namorada também é mais velha do que eu. É a primeira vez que me envolvo pra valer e está sendo bem bom.
Thaís Medeiros — Eu acho que encontrei meu Eduardo, sim. Só que ele tem outro nome, não é tão mais novo e não faz cursinho (risos).
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