Chef dá aulas gratuitas de culinária no Jardim São Luís

Edson Leitte criou o projeto Gastronomia Periférica

Por Mariana Gonzalez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 nov 2017, 06h00 - Publicado em 3 nov 2017, 06h00
“Muitos garotos que queriam ser jogadores de futebol sonham hoje em ser chefs”, diz o chef (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Em 2006, aos 22 anos e desempregado, Edson Leitte deixou o Jardim são luís, região pobre da Zona sul, para tentar a sorte como lavador de pratos em um restaurante de lisboa, em Portugal. Durante uma greve de funcionários, ele assumiu as panelas e acabou promovido a subchef. Depois disso, passou ainda por outros estabelecimentos antes de retornar ao Brasil, em 2009.  “Queria trabalhar com os ingredientes do meu país”, conta.

Por aqui, enquanto dava expediente na cozinha de endereços variados, começou a cursar a faculdade de serviço social na Uniesp. Formado em 2013, foi convidado por uma ONG para ministrar oficinas de culinária a crianças e adolescentes. Satisfeito com os resultados do curso, decidiu ampliar a proposta. Assim, no ano passado criou o projeto Gastronomia Periférica, que oferece aulas gratuitas a mais de sessenta crianças e adolescentes no bairro onde ele nasceu, três vezes por semana.

As atividades ocorrem na Orpas, ONG do Jardim São Luís, com alimentos doados por moradores ou adquiridos com a realização de bufês de casamento, batizado e festas de aniversário. Dois alunos já alçam os primeiros voos na atividade: Matheus Gregório, 18, abriu uma hamburgueria, e Wilgner arruda, 20, obteve uma bolsa para estudar na universidade Estácio de Sá, na Chácara Flora, na Zona sul da capital.

Edson Leitte
“Muitos garotos que queriam ser jogadores de futebol sonham hoje em ser chefs”, diz o chef (Alexandre Battibugli/Veja SP)

“Muitos garotos que queriam ser jogadores de futebol sonham hoje em ser chefs”, afirma leitte. A iniciativa também promove um almoço comunitário para até 200 pessoas uma vez por mês. os pratos são típicos brasileiros — baião de dois, galinhada, feijão-tropeiro, entre outros. “Usamos ingredientes simples, pois comida não precisa ser cara para ter qualidade.”

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Os planos de leitte incluem ainda a criação de um curso universitário na área. “Farei a faculdade chegar até a ‘quebrada’ ”, brinca.

Gastronomia Periférica. ONG Orpas. Rua João de Santana, 358, Chácara Santana. facebook.com/gastronomia.periferica.

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