Após intensa programação cultural, Edifício Martinelli fecha em janeiro para grande reforma
Quatro últimos andares concedidos serão transformados em grande equipamento, que será aberto em 2026
Após uma rápida abertura para realização de concorridas festas e um grande número de eventos, a partir de março deste ano, os quatro últimos andares do icônico Edifício Martinelli, na Rua Líbero Badaró, no Centro, voltarão a ser fechados no dia 31 para uma esperada e necessária reforma.
O espaço foi concedido em 2023 ao Grupo Tokyo, que pagou à prefeitura 61,3 milhões de
reais para poder transformar a área em um grande empreendimento cultural. A reforma, que deverá custar cerca de 100 milhões de reais, prevê um restaurante com capacidade para cerca de 200 pessoas, cafés, bar, espaços para exposições, salas de confraternização e eventos corporativos, além de uma loja de arte.
Prevista para começar no próximo mês e terminar um ano depois, a obra vai implicar desafios para a concessionária, que ainda aguarda a aprovação de licenças municipais,
em geral um pouco mais lentas que o habitual, devido ao tombamento da edificação no Conpresp.
A longo prazo, a empresa, que espera funcionar 24 horas, vai precisar lidar com outro obstáculo: a falta de transporte público na madrugada. “É uma pena, por ser uma região com três estações de metrô e várias linhas de ônibus. Estamos negociando com a prefeitura a criação
de um City Pass, para integrar os equipamentos”, conta Rafael Guedes, sócio do Grupo Tokyo, se referindo ao cartão que unifica a compra de ingressos para atrações culturais nas metrópoles pelo mundo.
O fechamento para as obras de parte do emblemático Martinelli (o restante do prédio continuará funcionando) será um motivo de lamento para o público de festivais e visitas guiadas da programação do M100, projeto que alcançou 100 000 pessoas este mês. O gran finale, é claro, terá mais uma grande festa, ainda sem detalhes.
Publicado em VEJA São Paulo de 6 de dezembro, edição nº 2922