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Ecobag vira moda

Criadas para substituir os saquinhos de supermercado, as ecobags viraram objeto de desejo de compradores engajados

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h29

Fashionistas do mundo inteiro parecem ter se engajado na defesa do meio ambiente – seja por consciência ecológica, seja por instinto de marketing. Dentro da tendência, a sacola batizada de ecobag virou objeto de desejo dos descolados. Retornáveis, elas podem substituir parte dos incontáveis saquinhos plásticos consumidos em supermercados, quitandas, feiras… Para quem deu de ombros para a novidade, importada da Europa e dos Estados Unidos, a notícia é surpreendente: só a rede Pão de Açúcar vendeu 100 000 sacolas reutilizáveis no primeiro semestre deste ano, mais da metade nas lojas paulistanas. Cada bolsa de palha sintética custa 3,99 reais. O hipermercado Wal-Mart lançou, em maio, seu modelo de algodão cru, a 2 reais cada um. Em quinze dias, 75 000 sacolas evaporaram das lojas da Grande São Paulo. O Carrefour colocou sua versão à venda há um mês e, até o fim do ano, Compre Bem e Extra prometem criar as suas.

A dona-de-casa Araceli Amorosino, moradora do Real Parque, conta que tem doze dessas sacolas. Anda sempre com oito no porta-malas do carro. “Assim não corro o risco de esquecê-las na hora de ir às compras”, diz ela, que adquiriu o hábito durante os seis anos em que morou nos Estados Unidos. Araceli ainda faz questão de repassar o costume aos três filhos pequenos e presentear parentes e amigos com as ecobags. Estima-se que sejam produzidos 3,2 bilhões de sacos plásticos por ano na cidade. O Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida) encabeça uma campanha para a redução de 30% desse total. Para isso, criou uma versão mais resistente do tradicional saquinho. A idéia é acabar com o hábito de consumidores e empacotadores que usam duas ou mais sacolas para embalar produtos pesados – embora às vezes isso seja necessário. “Estamos desenvolvendo ainda nosso próprio modelo de bolsa retornável”, afirma Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida. “O plástico não é um vilão. Ele dura muito e pode ser reutilizado e reciclado.” Além dos supermercados, grifes também investem na onda. A loja Verde Vaso Idéias, na Vila Madalena, colocou à venda cinco modelos, a partir de 34 reais. No primeiro semestre deste ano, as filiais da marca francesa Louis Vuitton em São Paulo comercializaram 32 unidades da bolsa de feira criada pelo estilista Marc Jacobs. Acredite, os preços são estes: 4 750 reais o modelo menor e 7 450 reais o maior.

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