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Desfile de chapéus no Jockey Club

Paulistanas desfilam seus acessórios nas tribunas do Jockey Club

Por Giovana Romani
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30
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  • Pontualmente às 16h50 deste domingo (18), quando os primeiros cavalos dispararem rumo ao disco final da 85ª edição do Grande Prêmio São Paulo, mulheres da sociedade paulistana darão a partida em uma competição paralela. Devidamente paramentadas com seus chapéus, acessório imprescindível para a tarde, elas concorrem, aba a aba, ao posto de a mais elegante do Jockey Club. Para as cerca de 750 convidadas da tribuna de honra, os puros-sangues ingleses de nomes imponentes como Quick Road, Blessed Mustang e Jeune Turc não passam de meros coadjuvantes. O protagonista mesmo é o chapéu.

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    “Onde tem mulher tem competição”, afirma a empresária Carol Bassi Alvarez, que, como estreante no evento, optou por um pretinho básico na cabeça. O chapéu foi comprado há dez dias em Mônaco, onde mora sua irmã Anna Raffaela, mulher do piloto Felipe Massa. Como o chapéu, segundo ela, é simplesinho (500 reais), vai complementá-lo com um broche da Chanel em formato de camélia (mais 700 reais). “Estou com medo de ficar um pouco exagerado.” Modelitos rococós, com plumas e passarinhos, aliás, não fazem, literalmente, a cabeça das paulistanas. “A maioria das clientes prefere os mais clássicos”, diz Ruth Al-Assal, sócia da Daisy & Ruth Chapéus e Grinaldas. Com um acervo de 3.000 peças, a loja é uma das preferidas das endinheiradas. O aluguel de um chapéu varia de 120 a 400 reais. Outra queridinha é a chapeleira Sabrina Grebinsky, que tem entre suas clientes a ministra Marta Suplicy e a família Trussardi. Ela atende uma média de 100 pessoas por mês. Na semana passada, o movimento cresceu, e mais de oitenta mulheres buscaram ali um chapéu para chamar de seu.

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    Para não fazer feio ao desfilar por aí com um chapelão, é preciso uma postura altiva. A socialite Paula Trabulsi que o diga. Insegura, ela não quis ousar quando foi à prova pela primeira vez, há dois anos. “Usei um bem simples”, arrepende-se. Grávida de sete meses, desta vez Paula escolheu um chapéu enorme da marca francesa Ines Cruz, com abas largas, desestruturadas e viradas para cima. Ela não revela quanto pagou, mas modelos dessa marca custam cerca de 2.000 reais. Para quem não tem traquejo com o acessório, Paula dá uma dica: “Não se cumprimenta com beijo no rosto uma mulher de chapéu”.

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    Com o chapelão cor-de-rosa, ela vai usar um vestido de tricô verde. “O mesmo tom dos pés à cabeça não é legal”, recomenda. Esse ponto não é consenso. Muitas mulheres fazem questão de que esteja tudo combinandinho. Pode parecer, mas Andrea Funaro, diretora da Bulgari no Brasil, jura que esse não é o seu caso. Elegante até o último fio do cetim de seda de seu tailleur Dior, a opção pela composição toda em off-white e outros tons de bege foi exceção. “Prefiro peças que não combinam entre si, mas dessa vez acho que deu certo.” Seu chapéu de trama foi comprado em uma praia próxima a Milão, por cerca de 700 reais. “Fiquei parecendo uma daquelas damas inglesas”, diz. A associação com a realeza britânica é mesmo inevitável. Em Ascot, hipódromo freqüentado pela família real, ocorre a mais tradicional corrida de cavalos do mundo. Desde 1768 a nobreza reúne por lá seus chapéus chiques, por vezes extravagantes e inusitados. “A rainha Elizabeth II mostra seu lado fashion através dos chapéus”, afirma a historiadora de moda Miti Shitara, da Faculdade Santa Marcelina. Por aqui, se depender das damas paulistanas, a moda vai pegar – nem que seja apenas por uma tarde.

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