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Corredor da Avenida Brasil é o mais lento da capital paulista

Velocidade média do motorista é de 6,8 quilômetros por hora nos horários de pico da tarde, segundo a CET

Por Estadão Conteúdo
10 ago 2017, 09h45
Os técnicos da CET fazem, anualmente, um ranking dos corredores que têm melhores e piores velocidades médias para os automóveis (Reprodução/Veja SP)
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O corredor viário formado pelas avenidas Henrique Schaumann, Brasil e Pedro Álvares Cabral – ligação entre a região do Parque do Ibirapuera e o bairro do Sumaré, na Zona Oeste – é o ponto com pior índice de velocidade média da cidade nos horários de pico da tarde. Ali, a velocidade média do motorista é de apenas 6,8 quilômetros por hora. Na outra ponta está a Marginal Pinheiros, onde mesmo com o trânsito carregado é possível circular a uma velocidade média de 36,5 quilômetros por hora.

Os dados estão na pesquisa Volumes e Velocidades de 2016, publicada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os técnicos da companhia fazem, anualmente, um ranking dos corredores que têm melhores e piores velocidades médias para os automóveis.

Há dez vias na capital paulista em que, no pico da tarde, é impossível circular a uma velocidade média maior do que 15 quilômetros por hora – para se ter ideia, um maratonista profissional costuma correr a uma velocidade média de 20 quilômetros por hora. Entre elas estão os corredores formados pelas Ruas Clélia e Guaicurus, na Zona Oeste, onde a média é de 8,3 quilômetros por hora, e pelas Avenidas Cruzeiro do Sul, Água Fria e Nova Cantareira, onde o percurso fica em uma média de 10,1 quilômetros por hora.

O estudo da CET divide a cidade em corredores, que costumam ser formados por mais de uma via, ou por sistemas com duas ruas de sentidos contrários, como a Cardeal Arcoverde e a Teodoro Sampaio, em Pinheiros, que funcionam como um mesmo corredor.

No horário da manhã, considerado o tráfego sentido bairro-centro a via mais complicada é o corredor das Avenidas Zaki Narchi, Santos Dumont e Prestes Maia, ligação entre a Zona Norte e o centro da cidade, cuja velocidade média no ano passado foi de 13,9 quilômetros por hora.

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A pesquisa da CET também estuda quanto tempo o motorista fica parado em cada via congestionada – com o carro ligado, mas sem se mexer por causa do trânsito. Considerada uma média da cidade toda, um a cada quatro minutos dentro do carro, na parte da manhã, o motorista ficou parado, sem se mexer.

No pico da tarde, o “índice do freio de mão” é ainda pior: em 31% do tempo circulando pelos corredores da cidade, os motoristas ficam parados.

O dado de 2016 aponta uma piora nesse quesito. Na pesquisa publicada no ano passado, com os dados de 2015, a CET havia apontado que o “retardamento” – nome técnico dessa análise – era de 26% no horário de pico da tarde. Pela manhã, o dado ficou estável.

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A análise desse dado explica a velocidade média tão baixa no corredor Henrique Schaumann-Brasil-Pedro Álvares Cabral. Ali, em 61% do tempo gasto para cruzar esse percurso no horário de pico da tarde o motorista fica parado, esperando ou o semáforo abrir ou o trânsito à frente começar a andar. O oposto novamente é a Marginal Pinheiros, no trecho que inclui as avenidas das Nações Unidas, Magalhães de Castro e Engenheiro Billings: em apenas 1% do tempo gasto para cruzar a via – no sentido Interlagos – o motorista tem velocidade igual a zero.

De manhã, o pior trajeto fica com os moradores da Zona Sul que tentam chegar ao trabalho no centro. O corredor das Avenidas Senador Teotônio Vilela, Interlagos e Washington Luís tem um porcentual de retardamento de 46% – o que justifica a velocidade média de apenas 14,6 quilômetros por hora nessa via. Por outro lado, não há atraso para quem pega o trecho da Marginal Tietê entre as Avenidas Assis Chateaubriand, Otaviano Alves de Lima e Presidente Castelo Branco. Ali o tempo parado estimado é igual a zero.

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