Neco foi quem vestiu a camisa do time por mais tempo
No primeiro jogo da história do clube, contra o União Lapa, Manoel Nunes já estava lá, aos 15 anos
Ninguém vestiu a camisa corintiana por mais tempo: foram dezessete anos, entre 1913 e 1930. Nem, talvez, com mais amor que Neco. No primeiro jogo da história do clube, contra o União Lapa, ele já estava lá — aos 15 anos, fazia parte do terceiro quadro. Foi também Neco quem doou ao Corinthians a segunda bola de sua história, comprada com o pouco dinheiro que ele ganhava como aprendiz de marceneiro.
Certa vez, em 1915, quando o Corinthians esteve ameaçado de fechar suas portas, Neco liderou um assalto à sede do clube, na calada da noite, para que os móveis e troféus não fossem penhorados. Dentro de campo, este atacante aliava uma habilidade inata a um espírito de luta incomum, que acabou inspirando lendas. Como a de que costumava ameaçar os árbitros brandindo a cinta de seu calção, item obrigatório na indumentária dos jogadores até os anos 20. Por tudo isso, quando já se preparava para encerrar a carreira, Neco foi imortalizado em bronze, no busto que ocupa lugar de honra nos jardins do Parque São Jorge.
Nome: Manoel Nunes
Nascimento: São Paulo (SP), 7/3/1895
Morte: São Paulo (SP), 31/5/1977
Posição: meia-direita
Período: 1913 a 1930
Jogos: 296 (215 vitórias, 35 empates, 46 derrotas)
Gols: 235
Títulos pelo Corinthians: oito Paulistas (1914, 1916, 1922/23/24 e 1928/29/30)