Casagrande também liderou a Democracia Corintiana
Ele voltou ao time em 1994, para ultrapassar a marca dos 100 gols com a camisa alvinegra
Ele era a cara da juventude do início dos anos 80. Rebelde, cabeludo, costumava jogar com a camisa para fora do calção e as meias arriadas. Nascido e criado nas proximidades do Parque São Jorge, Casagrande aliava raça, inteligência e oportunismo. No início de 1982, o técnico Mário Travaglini resolveu escalá-lo para um jogo contra o Guará (DF), pela Taça de Prata, e Casagrande, então com 19 anos, marcou quatro vezes na goleada corintiana por 5 a 1.
Entendia-se perfeitamente com Sócrates, dentro e fora de campo. Ambos, junto com Wladimir, se tornaram os principais líderes da Democracia Corintiana. Artilheiro do Campeonato Paulista de 1982, com 28 gols, campeão estadual naquele ano e bi no seguinte, jogou a Copa de 1986 pela seleção brasileira. Na volta, acabou negociado com o Porto, de Portugal. Anos depois, em uma tarde de Pacaembu lotado em que enfrentou o Corinthians vestindo a camisa do Flamengo, a Fiel pediu em coro: “Volta, Casão, seu lugar é no Timão”. E ele de fato voltou, em 1994, perto de completar 31 anos, para ultrapassar a marca dos 100 gols com a camisa alvinegra.
Nome: Walter Casagrande Junior
Nascimento: São Paulo (SP), 15/4/1963
Posição: centroavante
Período: 1982 a 1986 e 1994
Jogos: 256 (118 vitórias, 79 empates, 59 derrotas)
Gols: 103
Títulos pelo Corinthians: dois Paulistas (1982/83)