“Contra o Tempo” é intrigante e cheio de ação
Com muitas idas e vindas, suspense e ficção científica, trama desafia o espectador
Filho do músico David Bowie, o inglês Duncan Jones estreou no comando de longas-metragens com “Lunar” (2009). Inventiva mistura de ficção científica e suspense psicológico, mostrava um astronauta isolado em uma base na Lua. Depois de chamar a atenção dos críticos, o filme chegou ao Brasil e foi direto para DVD.
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Destino semelhante parecia ter seu segundo trabalho, Contra o Tempo, cujo desempenho nas bilheterias do exterior deixou a desejar. Mas, com lançamento prometido para o dia 29, a produção já atrai olhares curiosos em sessões de pré-estreia. Com um orçamento maior, a fórmula da fita anterior recebeu a dose certa de ação.
Tudo começa quando o piloto militar Colter Stevens (Jake Gyllenhaal) desperta em um trem para Chicago sem saber direito por que está lá. À sua frente, uma bela mulher (Michelle Monagham) fala como se o conhecesse. Após algum tempo de confusão — tanto para o personagem quanto para o espectador —, uma explosão mata todos os passageiros. O soldado percebe, então, que está em uma missão: um avançado aparato tecnológico do governo o leva a experimentar os últimos oito minutos de uma das vítimas do atentado.
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Atrás de pistas da tragédia, ele refaz a mesma sequência de eventos várias vezes, alterando um e outro fator. Tão importante quanto descobrir a identidade do criminoso será compreender o que se passa com a mente do próprio Stevens durante essas idas e vindas. Se o público entendeu “A Origem”, de Christopher Nolan, complexo sucesso do ano passado, vai saber apreciar a simplicidade com que o diretor expõe ideias tão malucas.
Para começar, ele concentrou a trama praticamente em dois ambientes: o trem e o laboratório de pesquisas. Criou ainda um minucioso jogo de cena, muito bem editado, para apresentar de forma convincente o mesmo espaço de tempo sob diversos ângulos. No final, rende muito mais debate do que um filminho de ação.
AVALIAÇÃO ✪✪✪