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Conta de luz vai ficar mais cara em São Paulo

O aumento das tarifas é autorizado uma vez por ano

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 4 jul 2018, 08h54 - Publicado em 4 jul 2018, 08h48
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Conta de luz vai ficar mais cara em São Paulo (Latinstock/Veja SP)
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As tarifas dos clientes da Eletropaulo terão reajuste médio de 15,84% a partir desta quarta-feira (4). Os clientes residenciais terão aumento de 15,08%, enquanto aqueles conectados à alta tensão, como indústrias, terão alta de 17,67%.

A Eletropaulo atende a 7,2 milhões de unidades consumidoras na região metropolitana de São Paulo. O aumento das tarifas é autorizado uma vez por ano e não está relacionado à venda do controle da empresa, que pertencia ao grupo norte-americano AES, para a italiana Enel.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse que o reajuste reflete o aumento dos custos com a compra de energia. “Não é um ponto fora da curva. Os reajustes têm se encaminhado mais ou menos nessa ordem de grandeza.”

O aumento autorizado, no entanto, surpreendeu analistas ouvidos pela reportagem e pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), que esperavam aumento de até 10%. A elevação deve ter impacto entre 0,16 e 0,19 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. Economistas do mercado financeiro estimam que a mediana do IPCA de 2018 fique em 4,03%, segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (2).

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Apesar do susto, os especialistas ainda aguardam o resultado do IPCA de junho, que será divulgado na sexta-feira (6) e terá forte pressão sobretudo nos preços de alimentos e de combustíveis, em decorrência dos efeitos da greve dos caminhoneiros, no fim de maio. A expectativa é que esses impactos se dissipem e a inflação volte a apresentar comportamento menos desfavorável nos próximos meses.

O desempenho dos preços de energia, item que tem peso de quase 3 5% na inflação, deve continuar no centro das atenções, especialmente em razão das incertezas com relação ao período de seca. A Aneel manteve em julho a bandeira vermelha 2, que inclui a cobrança de 5 reais a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em maio, a bandeira era amarela, cuja taxa extra é de 1 real a cada 100 kWh.

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