Conpresp abre processo de tombamento do Complexo do Ibirapuera
Durante a análise do tombamento, nenhuma alteração poderá ser feita no local sem autorização do órgão
O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) autorizou, na última segunda-feira (10), a abertura do processo de tombamento do Complexo Esportivo do Ibirapuera. Enquanto o processo tramita, nenhuma alteração poderá ser feita no local sem a anuência do órgão.
O equipamento fica na Zona Sul e inclui o ginásio do Ibirapuera, o estádio Ícaro de Castro Mello e o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo. Agora, o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) vai realizar as análises e estudos para verificar se o bem será ou não tombado.
O ex-governador João Doria (sem partido, na época no PSDB) prometeu várias vezes que iria privatizar o complexo, com a ideia de transformar o local em uma arena multiuso. O plano causou resistência em diversos setores da sociedade, foi alvo de ação na Justiça e, em 2021, o Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) chegou a tombar provisoriamente o local, o que fez com que o projeto nunca saísse do papel.
Mesmo se for tombado, o local poderá ser concedido à iniciativa privada. Porém, a empresa que administrar o local terá de pedir autorizações dos órgãos de proteção ao patrimônio para fazer obras nos locais e terá de respeitar as balizas impostas por eles – a exemplo do que ocorre hoje no Mercado Municipal.