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Conheça boas idéias que podem melhorar a vida dos paulistanos

Por Edison Veiga
Atualizado em 5 dez 2016, 18h52 - Publicado em 14 abr 2010, 15h59

Algumas idéias são tão boas que merecem ser copiadas, adaptadas e até melhoradas. É o caso desta reportagem, inspirada numa capa da edição nova-iorquina da revista Time Out. Nas páginas a seguir, há quarenta soluções adotadas em outras cidades – às vezes por várias delas simultaneamente – que poderiam muito bem funcionar por aqui. Desde projetos ambiciosos, como as estações tubulares de Curitiba, até sugestões simples, como a restrição ao uso de celulares em restaurantes de Londres.

Transporte público

 

Pontos de ônibus tubulares, como em Curitiba

Reconhecida internacionalmente pela qualidade de seu transporte público, a capital paranaense conta com 351 estações tubulares, que integram treze municípios vizinhos. Feitas de arcos de aço e placas curvas de vidro temperado, elas têm 10 metros de comprimento e 2,5 de diâmetro. O visual moderno impressiona. Mas é a agilidade do sistema que leva 75% da população a utilizar o transporte coletivo da cidade. Como os passageiros pagam a tarifa antes do embarque (por meio de cartões com leitura eletrônica ou dinheiro) e a plataforma fica no mesmo nível do piso do ônibus, os usuários entram e saem rapidamente. “Nessas estações, gasta-se metade do tempo para embarcar, se compararmos com os ônibus convencionais”, diz Paulo Schmidt, presidente da Urbs, empresa municipal que gerencia o sistema.

 

Desconto na compra de bilhetes múltiplos de metrô, como em Viena

Em praticamente todas as grandes cidades do mundo há incentivos para quem compra um bom número de passagens antecipadamente. Em Viena, na Áustria, o bilhete de metrô unitário custa 2 euros e o múltiplo de quatro sai por 6. Também é possível adquirir um cartão anual por 409 euros. Quem não tem carro próprio pode pagar um adicional de 26,53 euros por ano e, assim, ganhar desconto de até 50% no aluguel de veículos em mais de quarenta empresas da cidade. O metrô paulistano aboliu desde junho seu bilhete múltiplo. Uma das razões seria a falsificação.

Música clássica no metrô, como em Munique

 

Há seis anos, os usuários da estação Goetheplatz, em Munique, receberam um presente para seus ouvidos: Tchaikovsky, Vivaldi (foto), Beethoven, Mendelssohn, Mozart e outros gênios da música como som ambiente. A iniciativa foi expandida para nove das noventa estações da cidade.

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Uma linha de metrô que liga o aeroporto ao centro, como na Cidade do México

Em funcionamento desde 1981, a Estação Terminal Aérea é o jeito mais fácil (e barato) de chegar ao centro da Cidade do México, distante 45 quilômetros do Aeroporto Benito Juarez. O bilhete custa 2 pesos mexicanos (em reais, 40 centavos).

Metrô 24 horas, como em Nova York

Os nova-iorquinos podem utilizar dia e noite as 26 linhas e boa parte das 468 estações do metrô. Em São Paulo, as estações têm horários variados de fechamento, sendo que as últimas a encerrar as operações são Belém e Bresser-Mooca, à 0h35. Elas voltam a funcionar às 4h40.

Ar-condicionado no metrô, como no Rio de Janeiro

 

Todos os 34 trens que circulam pelas duas linhas de metrô do Rio possuem ar-condicionado. Em São Paulo, esse conforto só atende aos 54 000 passageiros diários que utilizam os oito trens da linha que liga o Capão Redondo ao Largo 13 de Maio, em Santo Amaro. Os outros 109, distribuídos pelas três linhas mais movimentadas, contam apenas com um sistema de ventilação e exaustão.

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Cronômetro no metrô que indica quanto tempo falta para a chegada do próximo trem, como em Barcelona

As áreas de embarque das 121 estações de metrô da capital da Catalunha são equipadas com cronômetros que, em contagem regressiva, mostram o tempo restante para a chegada do próximo trem. Informações semelhantes são dadas também em outras cidades européias. Os intervalos variam de dois a quinze minutos, conforme a linha e o horário.

Urbanismo

 

Despoluir os rios Tietê e Pinheiros, como Londres e Paris fizeram com o Tâmisa e o Sena

 

Os rios Tâmisa e Sena tiveram por muitos anos sua morte decretada. Hoje, recuperados, exibem peixes em suas águas. O salmão, considerado bastante sensível à poluição, voltou a viver no Tâmisa (foto no alto) junto com outras 120 espécies. A partir da década de 60, Londres investiu em tratamento de esgoto e em punições rígidas às indústrias poluidoras. Em Paris, a limpeza do Sena levou quase vinte anos. Mais recentemente, areia, palmeiras e guarda-sóis mudaram a cara do rio ao longo dos 3,5 quilômetros que ficam dentro da cidade.

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Faixa de grama em calçadas, como em Curitiba

Há nove meses, uma lei municipal determinou que as novas calçadas de Curitiba tenham faixas gramadas com 30 centímetros de largura.

 

Uma escultura em cada prédio, como no Recife

Prédios com mais de 1 000 metros quadrados de área construída só recebem o alvará de construção da prefeitura do Recife se, na planta, estiver determinado o local – visível, é claro – onde será instalado um painel ou uma escultura. “Só no ano passado, foram 84 obras novas na cidade”, diz Rodrigo Braga, gerente de artes visuais e design da prefeitura. O único problema é que a iniciativa criou uma reserva de mercado. Para incentivar a produção local, o trabalho tem de ser encomendado a um dos cerca de cinqüenta artistas cadastrados. Isabel Kiriê (com 82 obras), José Roberto da Silva (68) e José Roberto Cavalcanti (42) são os que mais têm criações espalhadas pela cidade.

 

Tampas de bueiros decoradas, como no Japão

Dá até pena de pisar. Em diversas cidades japonesas, como Tóquio, Osaka, Kobe, Himeji e Kyoto, algumas tampas de bueiro são decoradas e pintadas com ícones da cultura nipônica: samurais, dragões, aves, flores… Em 2000, o artista australiano Scott Campbell ficou tão impressionado com a idéia que resolveu recriar os motivos encontrados nos bueiros japoneses com técnicas de impressão em madeira e papel.

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Fiação subterrânea nas ruas, como em Londres

A capital britânica tem uma invejável estrutura subterrânea, pela qual passam fios elétricos e cabos telefônicos, além, é claro, de tubulações de água, esgoto e gás. Como limpar o visual é uma solução cara – em média, 4 milhões de reais por quilômetro –, não há muitos exemplos por aqui. A Avenida Paulista, a Rua Aimorés, no Bom Retiro, a Rua Amauri, no Itaim, e a pequena Rua Vitório Fasano, nos Jardins, são algumas que têm seus fios enterrados. De acordo com a Eletropaulo, só 2% das fiações paulistanas não são aparentes – a empresa possui 10 000 quilômetros de cabos debaixo da terra.

 

Barreiras acústicas para reduzir a poluição sonora em vias elevadas e rodovias, como em Tóquio

Não é de hoje que Tóquio sofre com a poluição sonora. Em 2003, quando um instituto mediu o nível de decibéis de quinze pontos da cidade, seis foram reprovados. Para atenuar o problema, o governo passou a investir com mais vigor na construção de biombos metálicos nas laterais de vias elevadas e ferrovias. No quilômetro 15 da pista interior–capital da Rodovia dos Bandeirantes, onde o pico de tráfego é de 40 000 veículos por hora e o nível de ruído no acostamento chega a 85 decibéis, foi instalada há seis anos uma barreira acústica de concreto. Após a construção do muro, os níveis de ruído foram reduzidos em até 10 decibéis.

Entretenimento

Carteirinha de cinema que dá direito a assistir a quantos filmes se queira, como em Londres

Aquela expressão “fã de carteirinha” faz total sentido se pensarmos nos cinéfilos que freqüentam a rede britânica Cineworld. Por 13,99 libras mensais – cerca de 56 reais –, pode-se assistir a quantos filmes se queira (ou consiga), em qualquer um dos 79 cinemas da rede no Reino Unido e na Irlanda.

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Uma rua comercial 24 horas, como em Curitiba

Inaugurada em setembro de 1991, a Rua 24 Horas tem 34 lojas em seus 120 metros de extensão. É toda coberta por placas de vidro, sustentadas por uma estrutura de 32 arcos metálicos. Além do comércio – desde restaurantes até lojas de produtos eletrônicos –, o lugar abriga um posto de informações turísticas, bases da Polícia Militar e da Guarda Municipal e um centro de acesso à internet grátis.

 

Quiosque que vende ingressos mais baratos para peças de sucesso, como em Nova York

O quiosque da TKTS funciona desde 1973 em Times Square. Ali é possível comprar ingressos para sessões teatrais no mesmo dia com descontos de 25% a 50%.

 

Um dia de entrada grátis nos museus, como em ParisO primeiro domingo do mês é uma farra cultural em Paris. Quinze centros culturais e museus da cidade, entre eles o Louvre (foto), não cobram ingresso nesse dia. Em Berlim, às quintas-feiras, pode-se entrar gratuitamente nos museus estatais quatro horas antes de seu fechamento.

 

Albergues descolados, como em LondresBoa parte dos mais de 200 albergues do Reino Unido está em Londres. Com diárias entre 5 e 25 libras (de 20 a 100 reais), as acomodações são simples. O albergue providencia lençóis, cobertores e travesseiros, mas cabe ao hóspede a tarefa de arrumar a roupa de cama. Alguns servem refeições; outros têm cozinha à disposição para que cada um faça a própria comida. São Paulo ainda engatinha nesse departamento. Existem apenas três albergues na cidade: um no centro, um na Praça da Árvore e um no Parque do Jaraguá.

 

Ingressos numerados em cinema, como em Buenos Aires

Cine Bombril, Iguatemi, Iguatemi Cinemark e Market Place. Dá para contar nos dedos os cinemas paulistanos que vendem ingressos numerados. Raridades por aqui, são carne-de-vaca entre os hermanos argentinos. Em Buenos Aires, um grande número de salas funciona maravilhosamente bem com o sistema.

Uma lei que proíbe fumar dentro de bares e casas noturnas, como em DublinQuem quer curtir uma noitada na Irlanda não corre o risco de sair da balada com roupa e cabelos cheirando a cigarro. Em vigor desde março de 2004, uma severa lei proíbe que se fume em bares, restaurantes e quaisquer locais fechados em Dublin e em todas as demais cidades irlandesas. O proprietário do estabelecimento está sujeito à pesadíssima multa de 3 000 euros (cerca de 8 100 reais).

 

Bloqueador de celulares, como em Tóquio

Tudo bem que, por aqui, não conseguimos impedir sequer que o sinal de celulares chegue a presídios, mas… No Japão, um aparelhinho acionado por controle remoto emite freqüências baixas de rádio e embaralha os sinais de telefones celulares a uma distância de até 30 metros. Restaurantes, teatros, igrejas e até funerárias resolveram adquirir o dispositivo (custa cerca de 2 000 dólares) para terem seus ambientes livres de irritantes conversas paralelas e toques com musiquinhas de gosto duvidoso. Em 1998, o governo decidiu que os bloqueadores só podem ser instalados em teatros e salas de concertos.

Lixo

Investir em reciclagem, como Nova York

Das 30 000 toneladas de lixo produzidas por dia pelos nova-iorquinos, 5 400, ou 18%, são recicladas. O lixo orgânico é coletado três vezes por semana e o reciclável, uma vez. Nova York desativou seu aterro sanitário em 2001 e desde então paga 11 bilhões de reais por ano para que cidades vizinhas recebam a sujeira que produz. Tóquio, no Japão, e Roterdã, na Holanda, também implantaram medidas efetivas para diminuir os problemas causados pelo lixo. Lá, a reciclagem alcança os surpreendentes índices de 50% e 55%, respectivamente. Já os números paulistanos cheiram mal. Das 15 000 toneladas de detritos geradas diariamente em São Paulo, apenas 10% são reaproveitados – a maioria graças ao trabalho de uma legião de catadores. A prefeitura recolhe ínfimas 73 toneladas de lixo reciclável por dia.

Lixeiras em muuuuitos postes, como no Rio de Janeiro

Enquanto as lixeiras instaladas pela prefeitura nas ruas de São Paulo não chegam a 25 000, os cariocas têm, espalhadas por sua cidade, 114 675 delas. As lixeiras obedecem a um padrão visual: alaranjadas para lixo comum e verdes para pilhas e baterias.

 

Multas para quem joga sujeira na rua, como em CingapuraAi de quem for pego sujando as ruas de Cingapura. A multa é de 630 dólares e dobra em caso de reincidência. Além disso, o porcalhão é obrigado a assistir a vídeos educativos, com lições de cidadania, e passar um dia recolhendo as (raríssimas) bitucas de cigarro que encontrar por vias e parques da cidade. Detalhe: o infrator terá de estar vestido com berrante colete verde-limão. “É uma medida que dá certo em uma sociedade em que o indivíduo sente muita vergonha de ser ridicularizado publicamente”, diz Carlos Pheysey, assistente comercial da embaixada brasileira em Cingapura.

Cidadania

Respeito à norma de se posicionar ao lado direito da escada rolante das estações de metrô, como em Londres

Trata-se de uma regra implícita no metrô de Londres. Todos os usuários se mantêm à direita, deixando a passagem livre para os mais apressadinhos que precisarem correr pelas escadas.

Multa para quem atravessa fora da faixa de pedestres, como em Cingapura

Em Cingapura, a lei é implacável com quem atravessa fora da faixa. A multa prevista é de 13 dólares, mas, caso o infrator a conteste ou desacate a autoridade, o valor pode chegar a 100 dólares. Estrangeiros, em um primeiro momento, recebem apenas uma advertência verbal.

Placas e sinalizações históricas, como em San Juan

Em frente a um bar da Rua La Fortaleza, em San Juan, Porto Rico, uma placa de bronze conta aos visitantes: foi ali, em 1963, que Ramon Portas Mingot criou a piña colada, hoje um popular drinque tropical. Há dez anos, em uma iniciativa semelhante, a prefeitura do Rio de Janeiro sinalizou onze marcos em Ipanema – os bares freqüentados por Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o primeiro edifício projetado por Oscar Niemeyer, a casa do escritor Aníbal Machado, entre outros. Graças a vândalos, apenas dois continuam sinalizados. Em São Paulo, o mais próximo disso foram as dezesseis placas instaladas em pontos históricos do centro da cidade, no fim de 2003. Apesar de bastante deterioradas, ainda servem para contar curiosidades sobre as ruas ou praças onde ficam.

Penas severas para pichadores, como em Nova York

Nova York vive uma guerra declarada contra os pichadores. Em 2003, a prefeitura organizou uma campanha e limpou 1,5 milhão de metros quadrados de pichações em 6 241 pontos da cidade. A multa para quem é pego pichando muros nova-iorquinos chega a 4 000 dólares, e o infrator ainda pode ser condenado a um ano de prisão. Lá é proibida a venda de sprays para menores de 18 anos. Aqui, pessoas flagradas pichando muros podem ser processadas por “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia” – e, se condenadas, amargar até seis meses no xadrez. Mas as punições são raríssimas

 

Restrição para celular em restaurantes, como em Londres

Para os londrinos, atender o celular em restaurantes é quase tão grave quanto comer de boca aberta. Não há uma lei que proíba o uso dos aparelhos à mesa, mas algumas casas deixam clara sua política, estampando avisos de que “não é permitido o uso de celulares” ao lado dos corriqueiros “não fume” e “aceitamos todos os cartões de crédito”.

 

Pedágio urbano, como em Londres

A polêmica medida, que reduz a circulação de carros em áreas de tráfego caótico e aumenta a arrecadação municipal, já foi várias vezes cogitada para ser implantada por aqui. Exemplos não faltam. Adotado em 1975 na área central de Cingapura, o pedágio fez o uso de ônibus crescer 15% e a velocidade média no trânsito subir 10 quilômetros por hora. Em 2003, foi a vez de Londres. Desde então, os motoristas pagam 5 libras por dia (equivalente a 20 reais) para trafegar pelo centro. O fluxo diário de 250 000 carros na região caiu 25%.

 

Semáforos com cronômetros que marcam a contagem regressiva para a mudança de cor, como em São Caetano do SulDezesseis semáforos com contagem regressiva para a mudança de cor foram instalados na Avenida Goiás, a principal da cidade. Com os equipamentos, o número de acidentes caiu 13%.

 

Cartão tipo Zona Azul que serve para o dia inteiro, como no Rio de Janeiro

Chamado de Rio Rotativo, o sistema de estacionamento em vias públicas do Rio de Janeiro leva em conta a localização de cada uma das 42 000 vagas. Assim, com um cartão que custa 2 reais, pode-se estacionar por duas horas, quatro horas ou, em alguns casos, o dia todo. Em São Paulo, onde há cerca de 31 000 vagas de Zona Azul, o cartão custa 1,80 real e vale por uma hora.

 

Ciclovias ligando os principais parques, como em Curitiba

Há 120 quilômetros de ciclovias ligando vinte dos trinta parques e bosques da capital paranaense. De acordo com estimativa feita em 2001 pela prefeitura, existem 121 000 bicicletas em Curitiba, onde vive 1,7 milhão de habitantes. Mais impressionante é o número de magrelas em Amsterdã. Os 730 000 moradores da cidade holandesa contam com mais de 400 quilômetros de ciclovias para circular com suas 600 000 bicicletas. São Paulo tem 30 quilômetros de ciclovias.

 

Faixas exclusivas nas vias expressas para automóveis que circulam com dois ou mais passageiros, como em Los Angeles

Há trinta anos, a primeira via expressa americana a ganhar faixa exclusiva para HOV – sigla em inglês para veículo de alta ocupação – foi a que percorre os 20 quilômetros entre o centro de Los Angeles e a cidade de El Monte. Hoje, existem cerca de vinte delas somente na Califórnia. Seul, na Coréia do Sul, também incentiva a carona. Cobra desde 1996 o equivalente a 4,80 reais de carros que passam por duas de suas avenidas com menos de dois passageiros. A quantidade de veículos caiu 34% e a velocidade subiu 10 quilômetros por hora.

 

Estacionamentos públicos, como em Madri

A capital da Espanha tem 58 estacionamentos municipais. Em média, a primeira hora custa 1,50 euro (4,10 reais), mas o preço varia conforme a localização. Para o pagamento, um cartão pré-pago funciona em toda a rede. Ao entrar e sair do estacionamento, o motorista precisa aproximá-lo de um terminal, que calcula o tempo e debita o valor devido.

Respeito à faixa de pedestres, como em Brasília

Os paulistanos ainda sofrem para atravessar a rua, mesmo quando o semáforo está favorável. Assim como várias cidades do mundo, Brasília é um exemplo de civilidade no trânsito. Depois de diversas campanhas educacionais nos anos 90, o pedestre conquistou respeito. A mais poética delas ocorreu em 1997, quando guardas distribuíram rosas brancas aos motoristas que não avançassem sobre as faixas de pedestres. Hoje, para atravessar em qualquer uma das 5 000 faixas brasilienses, basta acenar com a mão ao pisar na faixa. Os motoristas param.

 

Faróis de pedestres com aviso sonoro para cegos, como em São José dos Campos

Já existem 33 semáforos com aviso sonoro para cegos em dez cruzamentos da maior cidade do Vale do Paraíba. Instalados há três meses, custaram no total 53 000 reais. O funcionamento é simples: uma vez acionado, um bip soa indicando que o sinal está verde. Não é uma novidade. Recursos do gênero são vistos no mundo todo. A maioria das cidades japonesas com mais de 300 000 habitantes, por exemplo, conta com faróis sonoros. Lá, entretanto, ao invés do bip, é tocada uma música. A mais comum chama-se Toryanse (cuja tradução é “deixe-me passar”), uma famosa cantiga infantil japonesa. Em São Paulo, há apenas três.

 

Táxis com navegador de bordo, como em Paris

Cerca de 15 000 táxis parisienses têm receptores de GPS (sigla em inglês para sistema de posicionamento global). Assim, quando um táxi é solicitado, a empresa consegue determinar imediatamente qual carro está mais perto do endereço, chegando com agilidade ao usuário. E o motorista não erra o caminho.

 

Táxis que aceitam cartão de crédito, como em EstocolmoTodos os 5 199 táxis de Estocolmo, na Suécia, aceitam cartões de crédito e débito como forma de pagamento – para tanto, os taxistas utilizam terminais eletrônicos portáteis.

 

Tarifa estampada na porta dos carros, como em Nova YorkOs 13 000 táxis oficiais que circulam pela Big Apple devem ter estampados em suas portas traseiras as palavras “NYC Taxi” e um número de registro. Nas dianteiras, o mais importante para o passageiro: o valor da tarifa.

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