Uma ação de reintegração de posse de um hotel invadido transformou as ruas do centro da capital em um campo de batalha na manhã desta terça-feira (16). Policiais militares e invasores entraram em conflito, o que causou corre-corre e levou comerciantes a fecharem seus estabelecimentos – três lojas foram invadidas e saqueadas. Um ônibus foi incendiado, travando o trânsito no local. Ao menos 80 pessoas foram encaminhadas para o 3º DP, onde foram notificadas por invasão e danos.
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No começo da tarde, a situação começou a voltar ao normal. Por volta das 13 horas, as avenidas São João e Ipiranga passaram a ter o tráfego liberado e algumas lojas também levantaram suas portas. Há ainda muitos policiais na região.
De acordo com a PM, o confronto começou quando manifestantes se recusaram a deixar o hotel invadido e jogaram pedras e objetos contra os policiais, que revidaram com bombas de efeito moral. Até mesmo um sofá foi jogado do prédio, ocupado por aproximadamente 200 famílias. Segundo o comandante do Choque, o coronel Nevaldo Cesar Restivo, vândalos saquearam uma loja da Vivo e uma da Oi. Os criminosos também tentaram invadir um McDonalds.
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Alguns manifestantes que usavam máscaras atearam fogo a um coletivo em frente a o Theatro Municipal, espalhando pânico pela região. Uma mulher foi detida sob suspeita de incendiar o veículo. A Companhia de Engenharia de Tráfego precisou bloquear algumas ruas do centro, como os cruzamentos enter a Avenida São Luís e as Ruas da Consolação e Xavier de Toledo.
Invasão
A Secretaria de Segurança Pública informou que a juíza da 25ª Vara Cível do Foro Central, Maria Fernanda Belli, determinou a reintegração de posse para o proprietário do imóvel, que pertence a empresa Aquarius Hotel Limitada. O prédio de 20 andares está ocupado há seis meses pelo coletivo da Frente de Luta por Moradia (FML). De acordo com a PM, um acordo chegou a ser firmado, mas líderes cobraram caminhões para realizar a mudança.
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Ainda de acordo com a SSP, esta é a terceira tentativa de fazer a reintegração de posse do edifício. A primeira aconteceu no dia 11 de junho, mas a ação foi cancelada, pois o proprietário do imóvel não encaminhou ao local caminhões e carregadores para o transporte. Já no dia 27 de agosto os oficiais de Justiça avaliaram que as condições não eram adequadas. (Com Estadão Conteúdo)