O que levar em consideração na hora de escolher a escola dos filhos
Especialistas esclarecem quais os pontos importantes para a decisão, que vão muito além do valor da mensalidade e da distância
Com a chegada do segundo semestre letivo, as escolas particulares já começam a abrir suas matrículas para 2024. Quem vai trocar o estudante de escola ou matriculá-lo pela primeira vez precisa observar uma série de itens para fazer uma boa escolha. Além das questões óbvias, como o valor da mensalidade e a distância até a moradia, existem aspectos mais específicos e subjetivos que os responsáveis devem levar em conta.
Uma das primeiras características a se notar é a proposta pedagógica da escola, em resumo, sua metodologia de ensino. Segundo Márcia Sayoko Nanaka, coordenadora de educação infantil do Colégio Marista Arquidiocesano, os pais já conseguem perceber a “identidade” da instituição na entrada. “É importante observar como os professores e demais colaboradores te recebem, se há transparência”, diz. Por isso, o ideal é que a primeira visita seja feita no horário normal de funcionamento. Na infraestrutura, além da limpeza e da segurança, destaca-se a oferta de áreas para brincar e socializar. “A maioria das crianças mora em apartamentos, então o contato com a natureza é fundamental”, completa Márcia.
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Se há identificação da família com os valores da escola, é o momento de analisar as habilidades que poderão ser desenvolvidas pelas crianças e jovens lá dentro. “A escola precisa estar de acordo não só com as diretrizes curriculares, mas também com outros aspectos da educação, como as relações pessoais e as atividades que priorizam a criatividade, o talento”, afirma Maria Cecilia Migliaccio, diretora do ensino fundamental do Colégio Objetivo.
Depois da pandemia, disciplinas e exercícios que aprimoram a saúde emocional e o autoconhecimento também entraram no rol de prioridades. “É necessário que os professores olhem para o sujeito e identifiquem de que modo ele se relaciona com o conhecimento, de acordo com a faixa etária. Ao priorizar isso, as possibilidades de envolvimento do aluno são muito mais amplas. Sob o pretexto de serem escolas ‘fortes’, muitas instituições esquecem disso”, afirma Ana Paula Yazbek, mestre em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora do Espaço Ekoa.
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Anota aí >> Pontos para ficar de olho
› Proposta pedagógica
› Primeiras impressões
› Identificação da família com os valores da escola
› Infraestrutura
› Segurança
› Garantia da saúde mental e emocional
› Garantia da saúde física
› Quantidade e qualificação dos profissionais
› Aprimoramento constante do corpo docente
› Inclusão
› Oferta de um segundo idioma
Publicado em VEJA São Paulo de 2 de agosto de 2023, edição nº 2852