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Comércios do Centro de São Paulo são saqueados após operação policial

Dezenas de pessoas invadiram uma drogaria e um mercadinho

Por Agência Brasil
Atualizado em 8 abr 2023, 10h38 - Publicado em 8 abr 2023, 10h30

Após uma operação policial realizada nesta sexta-feira (7) para desobstruir ruas no Centro de São Paulo ocupadas por dependentes químicos e por pessoas em situação de vulnerabilidade social, um grupo invadiu e saqueou uma farmácia e um mini-mercado na região da Avenida São João, na capital paulista.

Especialistas têm dito que a intensificação da repressão policial e as notícias de que as autoridades pretendem adotar uma política de internações, além da decisão judicial que permite à prefeitura retirar barracas de pessoas que vivem nas ruas da capital, têm aumentado a tensão entre as pessoas que frequentam a Cracolândia. O movimento Craco Resiste disse que o que ocorreu “foi uma reação às violências praticadas frequentemente pelo Estado contra essa população vulnerável”.

Diversos vídeos que flagraram os saques aos comércios da região central já estão circulando nas redes sociais. Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, a operação policial foi realizada por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Polícia Militar (PM), Polícia Civil e subprefeitura da Sé. A ação de zeladoria que foi realizada na sexta, disse o órgão, é feita“diariamente na região”.

“A GCM atua na proteção dos agentes públicos durante a execução dos serviços municipais, além de também promover a desobstrução das vias públicas, para garantir a livre circulação de pedestres e veículos”, diz a nota da secretaria. A GCM diz que, após as pessoas saquearem produtos da drogaria, a situação foi controlada. A nota informa que não houve confrontos, nem feridos e que ninguém foi detido.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que reforçou o policiamento na área central. “Equipes realizam buscas para localizar os autores das invasões a comércios na área central, ocorridos após ação de zeladoria realizada por agentes da prefeitura na região”, diz a nota que foi enviada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. “As imagens veiculadas pela imprensa são analisadas pelas equipes de investigação, que trabalham para identificar e individualizar a conduta de cada um.”

Para pensar em soluções, o movimento Craco Resiste está organizando um seminário, que vai acontecer entre os dias 21 e 23 de abril, em São Paulo. “Por causa disso, nós e uma série de outros coletivos, estamos organizando um seminário para debater essa situação. A situação é séria e temos que debater esses problemas complexos com soluções complexas. Temos que pensar, por exemplo, em um espaço de uso, um lugar em que a gente consiga cuidar dessas pessoas em vez de ficar violentando elas ainda mais”, defende a ativista Roberta Costa.

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