Com maior índice em 3 anos, latrocínio preocupa polícia de SP
Total de casos entre janeiro e setembro (266) é maior do que no mesmo período do ano passado e de 2015
O latrocínio voltou a preocupar a polícia de São Paulo em 2017. Não se viam indicadores tão altos no primeiro semestre, com 237 ocorrências, desde 2003. Isso alertou a Secretaria da Segurança Pública (SSP), que conseguiu reduzir crimes do tipo nos últimos três meses. Ainda assim, o total de latrocínios entre janeiro e setembro (266) é maior do que no mesmo período do ano passado e de 2015.
Segundo o Anuário de Segurança Pública, São Paulo teve o maior número de latrocínios do País em 2016. O Estado, porém, é o mais populoso, com 45 milhões de pessoas, fazendo com que a taxa por 100 000 habitantes seja de 0,8, a terceira menor.
Pesquisa do Instituto Sou da Paz com todos os registros de latrocínio de 2016 mostraram características das vítimas. Dois aspectos chamam a atenção: 20% delas eram idosas, e metade morreu em assaltos a residência. Outros 20% eram agentes de segurança, como policiais. Por andarem armados a maior parte do tempo e terem propensão a reagir a roubos, eles acabam sendo alvos.
A SSP disse desenvolver políticas para combater os crimes contra o patrimônio. Em setembro, a redução de latrocínios foi de 65%, destaca a pasta, em comparação com o mesmo mês do ano passado. “O trabalho tem sido intensificado com operações para reforçar o patrulhamento das unidades territoriais. Nos nove meses deste ano as polícias paulistas prenderam quarenta pessoas em flagrante e 163 por mandados judiciais, todas envolvidas em latrocínios”, diz a secretaria.