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Cidade do Samba paulistana deve começar a ser construída este mês

Terreno na Barra Funda de 77 000 metros quadrados deve abrigar o projeto entitulado Fábrica de Sonhos

Por Manuela Nogueira
Atualizado em 1 jun 2017, 18h38 - Publicado em 10 dez 2010, 21h28
Imperador do Ipiranga - 2195
Imperador do Ipiranga - 2195 (Silva Junior/Folha Press/)
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Pequeno, localizado sob um viaduto e constantemente alagado, o barracão da Mocidade Alegre, na Barra Funda, é um retrato fiel da estrutura inadequada da maioria das escolas de samba de São Paulo. Com o objetivo de solucionar esse problema, há tempos que os sambistas paulistanos pleiteiam uma Cidade do Samba, nos moldes da que existe no Rio de Janeiro desde 2004. Lá, um complexo de galpões foi erguido para reunir todos os ateliês das integrantes do Grupo Especial. A mesma ideia será importada em breve para a capital paulista. Ainda neste mês, a prefeitura promete começar as obras da Fábrica de Sonhos, como o projeto foi batizado. A construção deve custar 124 milhões de reais e ocupar um terreno de 77 000 metros quadrados, que fica entre a Marginal Tietê e a Rua Professor Joaquim Monteiro de Carvalho, próximo à Ponte da Casa Verde, e a apenas 1 100 metros do Sambódromo do Anhembi. A previsão é que esteja pronta em dezoito meses — ou seja, só para o Carnaval de 2013.

“O projeto representa um avanço fora do comum”, diz Solange Cruz, presidente da Mocidade Alegre. Ela reclama da dificuldade para construir os carros alegóricos, uma vez que eles têm 13 metros de altura, e o galpão sob o Viaduto Pompeia, não mais do que 4 metros de pé-direito. Por isso, são feitos em peças e montados uma semana antes do desfile. “Isso causa mais custos e riscos.” O futuro endereço prevê uma área com mais de 4 000 metros quadrados para cada escola. 

 

 

A Fábrica de Sonhos também acabaria com as ocupações ilegais por parte das agremiações. “Muitas escolas estão em terrenos irregulares”, afirma o presidente da Empresa de Turismo e Eventos (SPTuris), Caio Luiz de Carvalho. “Trata-se de um problema histórico.” Só quem faz parte do Grupo Especial, no entanto, poderá usar as dependências. A escola que cair para o Grupo de Acesso terá de ceder seu espaço.

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Quando o Carnaval acabar, o lugar não deverá ficar de portas fechadas ao público. “São Paulo ganhará um ponto turístico para o ano todo”, diz Carvalho. Além dos catorze barracões, o projeto prevê uma arena central para shows, exposições e feiras. “Queremos também promover cursos grátis, relacionados ao universo do samba.” Está em fase de planejamento uma parceria com o Centro Paula Souza, que administra escolas técnicas e faculdades de tecnologia do governo do estado. A ideia é capacitar artistas plásticos, figurinistas, iluminadores e outros profissionais. “Muitas vezes eu importo mão de obra de Parintins e do Rio de Janeiro”, conta Solange. “Espero contratar paulistanos daqui para a frente.”

 

DE OLHO NO CARNAVAL DE 2013

Próxima à Ponte da Casa Verde e ao Sambódromo, a Fábrica de Sonhos terá espaço para catorze agremiações

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Samba - 2195
Samba – 2195 ()
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