Apesar de chuvas em janeiro, Cantareira tem nível menor que em 2021
Sistema abastece 7,4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo
Apesar do aumento das chuvas em janeiro, o Sistema Cantareira, maior fornecedor de água da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), ainda permanece com o nível abaixo do registrado em janeiro de 2021.
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De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o sistema recebeu, no primeiro mês de 2022, 322 milímetros (mm) de chuva, 22% acima da média histórica para janeiro no local, que é de 263,7 mm. Mesmo assim, o reservatório encerrou o mês com nível de armazenamento em 33,6%, abaixo dos 42,6% registrados em janeiro de 2021.
Segundo o Boletim Mensal de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil estima-se que o nível de armazenamento do sistema será de 48% em 31 de março de 2022, pouco abaixo dos 52,8% registrados no final de março de 2021.
O boletim foi publicado no último dia 19 e é elaborado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),
Em 2014, quando o estado de São Paulo enfrentava uma crise de abastecimento de água, o sistema Cantareira apresentava o índice em 22,2% de sua capacidade de armazenamento, em janeiro. Em março daquele ano, o nível atingiu 13,4%.
Localizado ao norte da Grande São Paulo, o Sistema Cantareira é formado por cinco reservatórios: Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Paiva Castro e Águas Claras. Os quatro primeiros captam e desviam água por meio de túneis e canais de afluentes do rio Piracicaba para a bacia do rio Juqueri, na bacia do Alto Tietê, até os reservatórios Paiva Castro e Águas Claras, de onde a água é bombeada para as cidades. O sistema abastece 7,4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo.