CET reduzirá limite de velocidade nas marginais
A medida visa conter número de mortes em acidentes. Nas pistas expressas vai cair de 90 para 70 quilômetros por hora
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) decidiu reduzir a velocidade máxima permitida nas marginais Tietê e Pinheiros para tentar frear o crescimento das mortes no trânsito em São Paulo. O limite nas pistas expressas vai cair de 90 para 70 quilômetros por hora e nas pistas locais, de 70 para 60. O órgão diz que ainda não há prazo para a mudança, embora ela já esteja sendo preparada por técnicos.
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O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, disse que outras vias também terão redução de limite de velocidade, mas não especificou quais. “Onde é 70 quilômetros por hora, vai para 60. Onde é 60, para 50”, afirmou ao Conselho Municipal de Transporte e Trânsito na quinta (4). A justificativa do secretário de Haddad é a alta das mortes no trânsito neste ano, revertendo uma tendência de queda registrada desde 2012.
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Dados da Secretaria da Segurança Pública apontam que as mortes cresceram 4,5% de janeiro a setembro, na comparação com igual período do ano passado. Trata-se do maior aumento desde que as estatísticas passaram a ser divulgadas, há dez anos. A secretaria se baseia nos boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil, metodologia diferente da usada pela CET, mas que serve como termômetro da situação.
As marginais costumam ser as vias com mais vítimas na capital. Em 2013, somaram 63 mortes, 6% do total. Estudos internacionais indicam que um acidente a 70 quilômetros por hora tem risco 40% menor de resultar em mortes na comparação com outro a 90.
Dentre as vias onde já foi implantada a redução de velocidade pela gestão Haddad estão a Avenida Ibirapuera, onde ela caiu de 60 para 50 quilometros por hora em outubro. A prefeitura também já derrubou os limites para 40 quilometros por hora em áreas do centro e de bairros como Moema e Santana.
Tatto diz que a alta de mortes é puxada pelos acidentes na madrugada e nos finais de semana envolvendo jovens e critica a falta de fiscalização da Lei Seca, a cargo da PM. A Secretaria da Segurança afirma que ele “mais uma vez se equivoca” e que os motoristas multados por uso de álcool superam, até outubro, a quantidade total de 2013.