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CET passa a medir o índice de congestionamento em porcentagem

O equivalente em quilômetros continua a ser divulgado, segundo Companhia de Engenharia de Tráfego

Por Edison Veiga
Atualizado em 5 dez 2016, 19h24 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

O trânsito na manhã de quarta-feira (18), ao contrário do previsto, não se tornou um caos em conseqüência da tragédia ocorrida com o Airbus da TAM, que na noite anterior havia paralisado a Avenida Washington Luís, ao lado do Aeroporto de Congonhas. Às 10h, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 4,3% de trechos com lentidão. Soou estranho? Desde segunda, é assim que a CET mede (e divulga) os índices de congestionamento na cidade. Pelo critério anterior, seria o equivalente a 34 quilômetros. “Vamos continuar a divulgar quanto a porcentagem significa em quilômetros, pois essa referência já foi incorporada pela população”, afirma Adauto Martinez Filho, diretor de operações da CET. A quantidade de ruas e avenidas monitoradas também mudou. Antes, a CET media o trânsito em 560 quilômetros – dos 16 000 totais – de vias paulistanas. Agora, serão mais de 800 quilômetros. O trabalho, no entanto, continuará a cargo da mesma equipe de agentes: os que ficam nos 35 postos avançados de campo, localizados no topo de prédios altos da cidade, e os cerca de 1 700 marronzinhos que trafegam pelas ruas.

Por meio de um site – por enquanto restrito à imprensa, mas que deve ser aberto ao cidadão dentro de três meses – atualizado a cada dez minutos, é possível acompanhar os índices de congestionamento por região, o endereço de ocorrências (queda de árvores, acidentes, semáforos pifados…) e a tendência de aumento ou queda na lentidão. “A boa performance do trânsito não depende só do órgão público”, diz o presidente da CET, Roberto Scaringella. Ele acredita que, bem informado, o motorista pode decidir o que fazer para evitar pontos críticos. “Cada um tem condições de mudar o horário do compromisso, pensar em um percurso alternativo, trocar de meio de transporte, combinar outro destino ou até mesmo cancelar o trajeto.”

Outra novidade nas ruas é o reforço da Polícia Militar para fiscalizar os motoristas. Um grupo de 1 100 policiais – de um total de 26 000 na capital – foi treinado e, em duas semanas, passa a formar o Programa de Policiamento de Trânsito. Com viaturas identificadas, eles circularão por 1 022 pontos estratégicos, monitorando o trânsito. As blitze deverão ser mais constantes para verificar veículos com documentação vencida e motoristas sem carteira de habilitação. Infrações de trânsito comuns, como desrespeitar o sinal vermelho ou furar o rodízio, também serão passíveis de canetada. “Para nós, a multa tem caráter educativo, e por isso, além de aplicá-la, o policial militar precisa parar o motorista para adverti-lo”, diz o tenente Robson Cabanas Duque, do Comando de Policiamento da Capital. “Acreditamos que nossa presença nos cruzamentos vai inibir também a ocorrência de crimes como furtos e roubos.”

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