Continua após publicidade

Após breve melhora, casos de Covid-19 voltam a crescer em São Paulo

Especialistas já falam em indícios de terceira onda da pandemia; apesar disso, Doria sinalizou que pode flexibilizar quarentena em algumas regiões

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h17 - Publicado em 5 Maio 2021, 15h31
Na imagem é possível ver uma sala de hospital em que há duas mulheres vestindo equipamentos médicos, como jaleco
Hospital  (Governo de SP/Divulgação)
Continua após publicidade

O estado de São Paulo enfrenta um aumento do número de casos de Covid-19 e a situação pode ser um indício de uma terceira onda, segundo especialistas na área da saúde. Atualmente, o estado está na chamada fase de transição, que entrou em vigor no dia 16 de abril após um período de fase emergencial, esta última com maiores restrições durante a pandemia. 

A média diária na última semana de abril foi de 12 573 casos, menor do que a da semana atual, de 12 887. A variação representa um aumento de 2,5%, um crescimento que não era esperado.

Também foi visto no final de abril uma estabilização no número de novas internações, que vinha caindo anteriormente. Agora, a queda é quase insignificante: na penúltima semana do mês, a média diária de novas internações foi de 2 243 pacientes e na semana seguinte, de 2 239, uma variação pequena de 0,2%. 

Nas Unidades de Tratamento Intensiva (UTI), o número de pacientes que também estava em queda estabilizou no final de abril, apresentando um início de crescimento no mês de maio. 

Em relação ao número de óbitos causados pela Covid-19, os números do estado de São Paulo apresentam queda: na última semana de abril foram registradas 432 perdas e na atual, 360. No entanto, isso é um reflexo da baixa de casos e de internações de semanas ainda anteriores, quando estavam em vigor regras mais rígidas de isolamento. 

Continua após a publicidade

Apesar dos números, o governador João Doria sinalizou nesta quarta-feira que pode flexibilizar a quarentena em algumas regiões do estado

Projeção de terceira onda no país

O Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, projetou que o Brasil deve alcançar 575 635 mortes devido à Covid-19 até o dia 1° de agosto junto a uma possível terceira onda da doença. A instituição também fez uma projeção mais otimista e outra com o pior cenário possível. 

Em entrevista à VEJA SÃO PAULO, Rodrigo Stabeli, pesquisador e diretor da Fiocruz em São Paulo, afirma que as previsões da universidade são confiáveis. “É um dos melhores grupos de projeção do mundo”, diz ele.

No cenário otimista montado pelo instituto estadunidense, seriam registrados 525 mil óbitos até agosto. Nele leva-se em conta a adoção imediata de medidas de isolamento social efetivas com, pelo menos, 95% da população usando máscaras durante o período. No entanto, Stabeli considera improvável essa projeção. Na sua visão, com as medidas atuais feitas no Brasil, o país deve enfrentar alta de mortes novamente.

Continua após a publicidade

Podemos, sim, ter uma terceira onda. Nós não sabemos a intensidade dela. Se a gente continuar com esse comportamento de desmerecimento da pandemia, acredito que ela será pior que a segunda. Ainda temos uma baixa cobertura vacinal e uma população que teve pouco contato com a doença”, explica o pesquisador.

+Assine a Vejinha a partir de 8,90.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 49,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.