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Eleições e religião: 49%
“Comer & Beber”: 19%
Vereadores: 14%
Ivan Angelo: 6%
Outros: 12%
Pastores, bispos, bispas, padres, ministros da eucaristia e afins prestam um sério e danoso desserviço a uma cidade como São Paulo ao conduzir suas ovelhas à urna eleitoral (“A perigosa aliança da fé”, 26 de setembro). Impedem seus fiéis de pensar, avaliar e decidir em quem votar. O risco dessa atitude para o estado democrático é imensurável. Fica claro o descaso com a honestidade, o caráter e a responsabilidade de cidadão, além do apodrecimento dos critérios de bom-senso, lógica e comprometimento. É lamentável, pobre e podre tudo isso.
LUCIANO JOSÉ BARBOSA ALVIM
A igreja deve ser sempre um espaço sagrado para somente tratar de assuntos de Deus e com Deus. Os fiéis não são moedas de troca numa disputa eleitoral.
ARCANGELO SFORCIN FILHO
A perigosa mistura de política e religião é um grande barril de pólvora. Elas são muito próximas, vivem de doações, não pagam impostos e vendem ilusão, com o objetivo de manter seu poder. Para piorar as coisas, esse tipo de confusão ocorre num país de baixa escolaridade, onde a maioria da população acredita que o seu destino está nas mãos de Deus.
ALCIDES MOROTTI
Constitucionalmente, o estado brasileiro é laico. Nunca tivemos uma bancada católica nem uma israelita ou islâmica. Será que a religião evangélica, se estivesse no lugar da católica na época do regime militar, teria a iniciativa e o vigor para se colocar como oposição à ditadura? Vale lembrar também que a civilização ocidental (toda ela) tem uma dívida com a Igreja Católica, pois, quando o Império Romano caiu, no meio de todo aquele horror das invasões bárbaras, ela segurou a barra sozinha, dando amparo, apoio, proteção e esperança aos sobreviventes, como única instituição organizada remanescente.
FRANCISCO DE PAULA NARDON
Fui criado como evangélico e frequentei uma denominação tradicional até meus 30 anos. Hoje, aos 40, completamente avesso a isso, tenho ainda absoluta vergonha de ser comparado a fiéis de igrejas como a de Valdemiro Santiago. Somente por meio da educação a verdade libertará o povo da ignorância e o estado virá a ser, de fato, laico.
DIÓGENES GOMES
Acho que Celso Russomanno deu um tiro no pé. Ao mesmo tempo em que existem fiéis da Igreja Universal, há muitos que não o são. Eu, por exemplo, havia cogitado dar meu precioso voto a ele. Agora já estou em dúvida.
NARA LUCIA GODOI DOS SANTOS
O candidato do PRB fala em sua propaganda na TV que não tem padrinho nem madrinha — ou seja, além de tudo é mentiroso. Seu mentor original foi Maluf, e, como queria enganar o chefe, ele saiu e foi para um partido forte, no sentido financeiro. Na verdade, os seus padrinhos e madrinhas são, sim, todas as igrejas da Universal. Tanto é verdade que um dos seus desejos declarados é possibilitar a existência de um templo em cada esquina da nossa cidade.
ANTONIO JOSÉ MARQUES
Muitos políticos ditos fiéis viram mais infiéis que marido traidor depois das eleições, pois se esquecem de tudo o que prometeram e mudam radicalmente suas posições. O melhor exemplo disso é o Russomanno. Idealizado e amparado por Maluf, aquele que só não tem processos na Lua, o candidato o ajudou por tantos anos e agora o repudia como se fosse o diabo fugindo da cruz. É bom ficarmos espertos e gravarmos tudo o que esse homem alardeia, com cara de anjo, para depois o cobrarmos, na hipótese de ele ganhar e tentar transformar São Paulo no reduto da Universal, implantando, como ele mesmo disse, uma igreja (claro, da Universal) em cada esquina.
KALED BARUCHE
Há muitos anos sou fã da revista e do modo como ela traz ao público reportagens interessantes e isentas. Desta vez, porém, a publicação errou feio na reportagem de capa. Ao inserir muito mais fotos do candidato Celso Russomanno (inclusive com ele na capa, de forma forte), deu a entender que ele é o único que tem esse vínculo forte com a igreja — mas todos têm.
ALBERTO MAURÍCO DANON
Que cidade é esta? As pesquisas de intenção de voto mostram que para alguém ser prefeito de uma importante metrópole não precisa pertencer a um grande partido político, apresentar um plano de governo consistente, possuir uma bagagem sociocultural condizente com o cargo nem saber debater sobre qualquer tema. Basta, simplesmente, fazer da religião seu maior cabo eleitoral, vestir a carapuça de bom rapaz, dócil, que não fala de ninguém e sobre nada. E, apenas, discursar à la Jânio que vai fiscalizar todos os lugares da cidade, sem prévio aviso. Acorda, São Paulo, enquanto há tempo!
TERESA CRISTINA DA ROCHA PITO
A reportagem trata de um fato notório, pois percebemos, a cada ano, que trajetos antes percorridos nos fins de semana em pouco tempo agora nos fazem demorar meia hora e, em alguns casos, até uma hora (“Sábado com o pé no freio”, 26 de setembro). É evidente que a situação só tende a piorar com mais e mais carros na rua e ausência de políticas públicas imediatas que favoreçam o transporte coletivo de qualidade para toda a população.
EDUARDO PEREIRA
Gostaria de informar o engodo que é o serviço da empresa Use Táxi (“Corrida digital”, 26 de setembro). Em 17 de novembro de 2011, agendei um táxi até o Aeroporto de Congonhas para o dia seguinte, às 19h. No horário marcado para o carro chegar, fui informada por telefone de que não tinham conseguido nenhum veículo para me buscar e ainda tive de ouvir que tentaram entrar em contato comigo, mas não conseguiram. Foi uma correria para não perder o voo. Mandei uma mensagem de reclamação e não obtive resposta até hoje. Sugeri até mudarem o nome da empresa para “Não Use Táxi”.
ISABEL LUIZA RUIZ
Confesso que eu mesmo deparei com essa bola de cristal embaçada há vinte e poucos anos com o surgimento do telefone celular: “Para que alguém precisa, afinal, carregar o telefone junto de si o tempo todo?” (“Bola de cristal embaçada”, 26 de setembro).
PAULO ROBERTO MAIA
Independentemente do mérito do Masp em sediar importantes exposições, a administração de uma mostra que atrai um enorme público, como a atual Caravaggio e Seus Seguidores, é sofrível e inadmissível (“Roteiro da Semana”, 26 de setembro). O tempo de espera nas filas para a compra de ingresso e acesso à exposição demonstra uma total falta de gerenciamento para viabilizar a visitação. É inconcebível que a direção do museu não tenha aprendido ainda com os eventos anteriores que atraíram grande público, adotando soluções simples para reduzir a angústia de permanecer horas na espera. Soluções essas que seriam a ampliação do horário de visitação e a instalação de guichês adicionais de bilheteria, com a contratação de serviços terceirizados e temporários. Tal iniciativa certamente garantiria o respeito ao público que vem cada vez mais procurando conhecer obras do patrimônio cultural de vários países.
SONIA MARGARIDA CSORDAS
Parabéns à equipe de VEJA SÃO PAULO por mais uma grande edição do especial “Comer & Beber ” (19 de setembro), sempre tão esperado por todos nós que fazemos e apreciamos a boa gastronomia. Em nome de minha família, agradeço por mais uma vez a Speranza estar entre as indicadas para o prêmio de melhor pizzaria, uma escolha muito difícil em nossa cidade, a capital mundial desse tipo de receita. Para o nosso estabelecimento Speranza, com 54 anos de história na cidade, é sempre uma honra ser lembrado como um dos melhores de São Paulo.
PAOLA TARALLO ALTIERI
É preciso avisar ao senhor José Police Neto, presidente da Câmara Municipal, que nós, cidadãos paulistanos, estamos agradecidos pela performance de seus colegas de trabalho, em relação às “sete virtudes”, listadas por ele, na seção de cartas da última edição, em referência à reportagem “Os sete pecados da Câmara” (12 de setembro). Só gostaria de lembrá-lo de que elas devem estar presentes diariamente. Vocês são pagos (e bem pagos) para isso, ou seja, para trabalhar. Que tal se, em vez de falarmos em virtudes, nós as chamarmos de obrigação?
VERA FERREIRA
Algumas considerações tão didáticas quanto as feitas pelo vereador José Police Neto: em primeiro lugar, é muita tibieza de ideia confundir virtude com obrigação inerente ao cargo que ocupam. Esse tipo de “virtude” também ofende o cidadão honesto, o verdadeiro virtuoso que precisa cumprir horários e metas e o faz com grande obstinação. Por fim, o político que enche o peito ao divulgar as tão propaladas qualidades apenas ocupou espaço precioso nesta coluna, que seria mais bem aproveitado pelo cidadão comum.
MARCIO BETTEGA
É impressionante como após as denúncias da reportagem de VEJA SÃO PAULO quanto à inoperância dos vereadores paulistanos ainda venha esse tal de José Police Neto, dito presidente da Câmara Municipal, dizer que a revista deveria enaltecer sete virtudes da atual legislatura. Só sete em quatro anos não são nada. Algumas são apenas o óbvio ululante, pois ter ficha limpa não é virtude, mas obrigação, assim como informar pagamentos e salários. Esse senhor, do qual eu nunca tinha ouvido falar, perdeu a grande chance de manter- se calado.
FERNANDO PIFFER
Correção: o pastor que aparece ao lado do candidato Celso Russomanno em fotos na Assembleia de Deus é Fausto Santana, e não Marcos Galdino (“A perigosa aliança da fé”, 26 de setembro)
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