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Cartas sobre a edição 2215

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 18h06 - Publicado em 7 Maio 2011, 00h50


Câncer

Como médica e mulher, vocês tocaram meu coração com a imagem de amor entre a pequena Giulia e sua mãe, em um desses momentos que fazem a vida ter mais sentido (“De volta à vida”, 4 de maio).

PAULA CURIA MACEDO

Todos nós torcemos pela cura definitiva da menina Giulia e por todos aqueles que estão na luta contra o câncer. Tiramos o chapéu para os hospitais e os profissionais citados na reportagem, que, com seu trabalho, levam o “renascimento” àqueles diagnosticados pela doença.

TIAGO RIBEIRO DE SOUSA

Somente um coração de mãe é capaz de entender o que se passa atrás do sorriso encantador de Soraya na capa de Vejinha. Não pude conter as lágrimas antes mesmo de abrir a revista e ler a reportagem. Queria que Soraya soubesse, principalmente nesta véspera de Dia das Mães, que torço para que ela retorne o mais breve possível a sua Manaus com a filha curada nos braços. Mais do que a minha torcida de mãe, conte principalmente com minhas orações.

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ELIANA DE ALMEIDA CALDEIRA

Na minha opinião, vocês deveriam repetir no Dia das Mães a foto da capa onde aparecem Soraya Wallace e sua filhinha. Está maravilhosa! Parabéns a VEJA SÃO PAULO pela sensibilidade.

ANGELA JORGE

Há três semanas, fui fazer uma tomografia para controle de meu recorrente problema de cálculos renais e o resultado mostrou um tumor maligno no rim direito. Eu trabalho em Prado, no extremo sul da Bahia, e iniciei a “ponte aérea” Porto Seguro-São Paulo-Porto Seguro, algo desconfortável para quem está com a saúde debilitada e ainda ajustando o emocional para enfrentar esse desafio. Mas sou focado, positivo e um vencedor — tenho uma linda esposa, um filho de 13 anos e a pequena Laura, de 3. O diagnóstico assusta, não nego, terei de extrair o rim no próximo mês, mas vou virar mais um pontinho da estatística daqueles que venceram esse desafio. Agradeço à revista a esperança e a força que me deu em um momento tão fundamental. Dois exemplares de VEJA e um de VEJA SÃO PAULO marcaram a minha vida: o da chegada do homem à Lua (1969), o da morte de Ayrton Senna (1994) e o desta semana, de volta à vida.

FERNANDO LUIZ DE MACEDO SOARES

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Além de mostrar novos recursos, a reportagem ajuda a acabar com o resto de preconceito. Na minha geração, não se falava câncer, dizia-se doença ruim.

FAUSTO FERRAZ FILHO

Quando vi a capa logo me lembrei do doutor Antonio Sergio Petrilli, meu querido médico. Tive diagnóstico de osteossarcoma, não tão criança, aos 34 anos, em meu braço esquerdo. Foi um período difícil de aceitação e readaptações na vida profissional e cotidiana: era dentista clínica e minha filhinha, Stella, tinha na época 1 ano e meio. Mas, graças ao apoio carinhoso de minha família, e com os olhos e o coração deste anjo, Papai Noel (como chamamos o doutor Petrilli carinhosamente aqui em casa), consegui superar o tratamento dessa difícil doença: vômitos, baixa de imunidade, infecções e amputação. Hoje, eu me sinto cada dia melhor em todos os aspectos e até posso dizer… mais bonita, apesar da minha mudança física. Dirijo, trabalho e, o mais importante, continuo cuidando da minha filha, não mais tão pequenina: ela agora tem 6 anos. Como todos podem ver, há muita vida após o diagnóstico e, com certeza, com qualidade.

SUZETE YAMASHIRO

Foi gratificante para mim a capa da última semana. Vemos que houve um grande avanço na forma de tratar o câncer e que a cada dia melhora ainda mais a estrutura dos centros de tratamento com equipamentos de última geração, que possibilitam diagnósticos extremamente precoces, com tratamentos menos invasivos.

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YURI DE OLIVEIRA PEREIRA

Tive câncer de mama aos 32 anos e fiz o tratamento durante cinco anos. Na ocasião, perdi meus cabelos, mas fui presenteada por grandes amigos com uma peruca de cabelo natural. Felizmente, não preciso mais dela e gostaria de repassá-la a quem precise neste momento. A vida depois do diagnóstico existe e é muito melhor do que antes!

VANESSA MALULI GLUDOVATS


Ambiente

A revista atua como paladina na defesa do Litoral Norte, com suas reportagens que mostram a simbiose entre a devastação da região, a poluição das praias e, por acaso, a presença de nossos nobres políticos e/ou de seus amigos (“Estão de olho neste paraíso”, 4 de maio). Falta apenas o Ministério Público atuar com o vigor da lei, inclusive para os mais iguais.

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UBIRATÃ CALDEIRA

A mesma artimanha empregada no projeto de condomínio de Juqueí, bem retratada pela revista, está sendo utilizada em outros empreendimentos do Litoral Norte. Um condomínio comercial na Barra do Sahy apresenta casas com três andares como atrativo de venda. É o Sol do Sahy, que teve o projeto recentemente aprovado na prefeitura de São Sebastião. Sabe-se que na legislação não é permitida a construção de três andares, mas, para enganar, o projeto denomina o 3º andar de “mezzanino”. Creio que o Ministério Público deveria analisar esse caso.

ENNIO H. ROBBA

Sou natural de São Sebastião e, embora tenha deixado a cidade há alguns anos, mantenho lá uma casa, motivo pelo qual continuo acompanhando a política de crescimento ali implantada. Construções cada vez mais altas, condomínios que surgem como num passe de mágica, subindo cada vez mais alto nos morros, ou invariavelmente mais perto do leito de rios, com nítida desobediência às leis ambientais. Não poupam fauna nem flora. Simplesmente colocam à frente de tudo a possibilidade de lucro, imediato ou a longo prazo, mas sempre o proveito. Agravando mais a situação, tem-se o fato da tendenciosa fiscalização existente, fazendo

vista grossa para vários empreendimentos lucrativos, em detrimento de muitas construções regulares, que se aumentarem 1 metro sequer em seu projeto original receberão a nada simpática visita de fiscais quase que imediatamente! Enquanto se ocupam de fiscalizar os peixes pequenos, os de grande tamanho abocanham o que podem pela frente, apoderando-se da natureza palmo a palmo…

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SÔNIA MONTEIRO

Se olharem para a periferia de São Paulo e para a Serra da Cantareira, verão que acontece o mesmo que em São Sebastião. O poder público permite as invasões e ainda asfalta, disponibiliza água e luz, estimulando a prática das invasões em troca de votos.

JOSÉ CARLOS PARREIRA


Copa

Está claro que o “Itaquerão” não teve avaliações de prazos e gastos adequadas entre os órgãos envolvidos (“Quem sabe com a ajuda de São Jorge…”, 4 de maio). A Copa do Mundo de 2014 está sendo planejada com euforia, otimismo e também com oportunismo, o que é preocupante. Há sempre o medo de superfaturamento. Embora uma guerra de vaidades esteja em andamento, temos de tratar esse megaevento com profissionalismo.

AGNALDO VIGNATI


Terraço Paulistano

Vimos que um novo empreendimento vai ser inaugurado na já tão caótica Rua Oscar Freire (“O investidor dos Jardins”, 4 de maio). O senhor Fernando Tchalian já tem um plano para evitar mais caos na esquina da Oscar Freire com a Melo Alves? E a prefeitura e a CET? O que fazem neste momento?

SANDRA STEVENS


Walcyr Carrasco

A educação começa em casa, mas há décadas muitos pais transferiram a responsabilidade da educação familiar para as instituições de ensino (“Drogas na esquina”, 4 de maio). Que jovens se formam? Agora eles são intocáveis, os professores são desrespeitados e seus pais são os grandes irresponsáveis.

EDUARDO KAMEI YUKISAKI

As drogas são fantasmas que rondam a todos. O aspecto de inconformismo com a questão está na incredulidade e na perplexidade diante da possibilidade do envolvimento de um dos nossos. Mas acontece. O que nos coloca diante da inevitável pergunta: quando, onde e por que erramos? Infelizmente, a resposta não está com os pais mais ou menos carinhosos. A droga tem características democráticas. Não distingue o berço do usuário. Não considera os componentes sociais, educacionais, econômicos, raciais… Os pais, por si só, são impotentes perante as drogas. O combate se dá através da não banalização do uso, de políticas públicas rígidas voltadas para a eliminação do tráfico, da conscientização da população e do tratamento público dos dependentes como vítimas de uma doença que destrói física e emocionalmente os usuários e todos os seus próximos.

LUIZ ADRIANO PREZIA CARNEIRO

Mais boas notícias na luta contra o câncer

Na última semana, alguns centros oncológicos que não foram citados na reportagem “A vida depois do diagnóstico” procuraram a revista para também destacar seus avanços e novidades. Confira a seguir:

Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC): referência no tratamento de câncer de mama, o hospital acaba de colocar em operação um PET-CT, equipamento de última geração para o diagnóstico precoce da doença. No ano passado, inaugurou seu novo centro cirúrgico e realizou 76.166 consultas, 4.516 cirurgias e 17.450 sessões de quimioterapia (tel.: 3474-4222).

Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho: fundado há noventa anos, atende 92% de pacientes pelo SUS e registra mais de 7.500 novos casos de câncer por ano. “A nós têm sobrado os tratamentos mais custosos, cujos pacientes sempre nos são encaminhados sob a alegação de que outras instituições estão saturadas”, afirma Angelo Scatena Primo, presidente do conselho administrativo (tel.: 3350-7088).

Centro Infantil Boldrini: localizado em Campinas, recebe anualmente 7.000 pacientes de todo o país, dos quais 80% são atendidos pelo SUS. Está em fase de projeto o Centro de Tecnologia em Câncer, que ocupará uma área de 3.400 metros quadrados e terá investimento de 7 milhões de reais (tel.: 19 3787-5000).

Hospital Santa Catarina: inaugurou em setembro passado o Serviço de Radioncologia, Radioterapia e Radiocirurgia Estereotática, que teve investimento de mais de 20 milhões de reais. A precisa tecnologia IRGT, sigla em inglês para radioterapia guiada por imagens, permite a administração de doses mais altas de radiação sobre o tumor, com menor risco de afetar os tecidos sadios (tel.: 3016-4133).

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos: está prevista para junho a abertura do centro de medicina nuclear para realização de diagnósticos por imagem. A área terá capacidade para realizar 400 exames por mês (tel.: 5080-4300).

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