VEJA SÃO PAULO nasceu em setembro de 1985 com apenas 66 páginas encartadas no corpo de cada exemplar de VEJA que circulou em São Paulo e região. A revista logo se desgarrou da nave-mãe e, embora circulando gratuitamente associada a VEJA, ganhou vida própria. Ela chega a seus 25 anos com 1 milhão de leitores. A tiragem de 370 000 exemplares põe a revista entre as maiores do país. O exemplar que você tem em mãos, com 276 páginas, é a celebração do triunfo obtido em um quarto de século por uma ideia de Roberto Civita, editor e presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, reverberando a infatigável fé que Victor Civita, seu pai, depositava nas potencialidades econômicas, sociais, culturais e civilizatórias de São Paulo.
O crescimento extraordinário e constante de VEJA SÃO PAULO desde a sua criação é resultado do trabalho de um afinado time de profissionais que, sucedendo-se na redação, na publicidade, na gráfica e, mais recentemente, na internet, amou e ama São Paulo da maneira mais produtiva e satisfatória: fazendo a tradução da cidade, a análise criteriosa e a classificação de suas atrações artísticas, gastronômicas e culturais. De todos os números vencedores, o que mais nos gratifica é o que aponta a confiança dos leitores na revista. Mais de 90% deles chancelam as resenhas, análises e classificações de restaurantes, filmes, peças de teatro, exposições — e, mais, recomendam aos amigos.
A missão semanal de informar, entreter e surpreender o leitor foi diligentemente levada a cabo na presente edição comemorativa. VEJA SÃO PAULO encomendou uma cobertura especial a dois profundos conhecedores da cidade, o jornalista, articulista de VEJA e escritor Roberto Pompeu de Toledo e o fotógrafo e arquiteto Cristiano Mascaro. Eles têm São Paulo como tema permanente de sua arte. Pompeu é autor de uma pesquisa histórica rigorosa sobre São Paulo transformada em livro com o nome ‘Capital da Solidão’. Mascaro consagrou-se pelos insólitos instantâneos da vida e da arquitetura urbana da cidade. Enquanto fazia as fotos, mudou-se temporariamente de sua casa, em um condomínio na Granja Viana, para um hotel no centro. Diz ele: “Abria a janela de meu quarto e lá estava ela diante de mim, com seus prédios irregulares, alguns, devemos reconhecer, muito feios, outros mais ou menos e poucos de uma boa arquitetura, mas no conjunto extremamente interessantes”. Diz Pompeu: “Eu falo da cidade do passado e o Cristiano mostra as imagens do presente. Mas há um ponto em que as duas linhas se cruzam: tanto os textos avançam para mostrar o que sobra hoje do passado quanto as fotos recuam para sugerir quanto do passado permanece na paisagem da cidade”. O ensaio da dupla começa aqui.