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Oito em cada dez projetos aprovados pela Câmara são irrelevantes

Pesquisas do Instituto Orbis mostram que maioria não se lembra em quem votou em 2016 e que saúde é o principal problema da cidade, segundo os entrevistados

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h11 - Publicado em 6 nov 2020, 09h16

O Legislativo paulistano foi incapaz de impor uma pauta própria nos últimos quatro anos, com projetos que realmente interferissem positivamente na vida do morador de São Paulo. De cada dez propostas aprovadas entre 2017 e 2020, oito são relacionadas a nomes de ruas, datas comemorativas e honrarias (como o título de cidadão paulistano).

Super-salários e equipe completa: o que inclui o cargo de vereadoe (Ralf Hiemisch/Getty Images/Veja SP)
Datas comemorativas, nome de ruas e concessão de honrarias: os principais projetos de lei da Câmara paulistana (Veja SP/Veja SP)

A constatação ocorre após análise de dados levantados pelo Radar Governamental, consultoria de relações governamentais. É uma Casa que precisa de mais atenção — 59,2% dos entrevistados pelo Instituto Orbis, em parceria com a Vejinha, afirmam não se lembrar para quem deram seu voto no pleito de 2016, e parte deles desconhece a real função dos vereadores.

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Procurado para falar da (im)produtividade do Legislativo, o presidente da Câmara, Eduardo Tuma (PSDB), disse que os projetos menos complexos são votados por meio de um sistema digital, criado em 2019. “O plenário virtual ampliou a transparência, agilizou os trâmites e reduziu custos. Com isso, o plenário físico ficou livre para debates e votações dos projetos de maior impacto”, diz Tuma.

Improdutividade tem nome: os vereadores por trás da maior quantidade de projetos irrelevantes (Veja SP/Veja SP)
Pauta do mandato: nomear e renomear ruas e equipamentos públicos (Veja SP/Veja SP)
Festa todo dia: vereadores dedicados a criar datas comemorativas (Veja SP/Veja SP)
Merece prêmio: medalhas, títulos honrarias para todo mundo (Veja SP/Veja SP)

Para 2021, com orçamento previsto de 608 milhões de reais (uma queda de 12% na comparação com 2020), espera-se que possa contribuir na retomada pós-pandemia e na solução dos problemas da cidade — para 29,6%, saúde é o principal deles, seguida por segurança, educação, emprego e habitação. “Grande parte da população de São Paulo está de certa forma cansada dos velhos problemas que afligem a cidade e suas vidas. A pesquisa deixa claro que as pessoas esperam soluções rápidas e mais pragmáticas”, afirma Márcio Pereira, diretor de operações e pesquisa do Instituto Orbis.

Merece atenção: dez boas propostas para melhorar São Paulo (Veja SP/Veja SP)

METADE DOS PAULISTANOS NÃO LEMBRA EM QUEM VOTOU

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Sobre a pesquisa: foram entrevistas 1.185 pessoas, por telefone, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2020. A margem ae erro é de 2,9 pontos porcentuais, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no tribunal superior eleitoral, com número sp-09036/2020.

AS PERCEPÇÕES SOBRE SAÚDE, MOBILIDADE E EDUCAÇÃO DO MORADOR DE SÃO PAULO

SAÚDE, AÇÕES DA PREFEITURA E POLÍTICA

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MOBILIDADE

EDUCAÇÃO

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Sobre a pesquisa: o Instituto Orbis entrevistou 1.186 pessoas, por telefone, entre os dias 28 e 29 de outubro. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral, com número SP-06409/2020.

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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 11 de novembro de 2020, edição nº 2712. 

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