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Candidata do PSDB em SP sofre ameaça: “Bomba de grande impacto”

Claudia Carletto, que concorre a deputada federal, registrou boletim de ocorrência após receber ofensas anti-LGBT+ e pressão para desistir da candidatura

Por Pedro Carvalho
Atualizado em 20 set 2022, 16h31 - Publicado em 20 set 2022, 11h27
A candidata a deputada federal Claudia Carletto, do PSDB-SP
Carletto: ameaças e ofensas anti-LGBTQIAP+  (Reprodução Instagram/Veja SP)
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A candidata a deputada federal pelo PSDB-SP Claudia Carletto sofreu ameaças e ofensas de teor anti-LGBTQIAP+ nos últimos dias. No domingo (18), Carletto afirma ter recebido cinco emails anônimos com xingamentos e intimidação, aos quais VEJA São Paulo teve acesso.

O texto afirma que “estão programadas três ações estratégicas”, que seriam “bombas de efeito moral e de grande impacto” em três locais: a sede do PSDB no Jardim Paulista, o comitê de campanha da candidata e a Secretaria de Justiça de São Paulo.

Segundo o autor dos emails, a ação não seria realizada se Carletto desistisse da candidatura e, além disso, duas funcionárias públicas fossem exoneradas dos cargos: as coordenadoras de Justiça Valéria Nagy e Edna Martins.

Ambas são ligadas a áreas de inclusão na Secretaria de Justiça: Valéria é coordenadora de Políticas para a Diversidade Sexual e Edna de Políticas para a Mulher.

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Os emails também faziam ofensas discriminatórias. “Vamos espalhar que você está pegando a coordenadora LGBT do estado e acabar com a sua carreira, vagabunda”, dizia o texto.

Carletto trabalhou com causas LGBTQIA+ e de inclusão de gênero como secretária Municipal de Direitos Humanos, cargo que ocupou até abril.

A candidata registrou boletim de ocorrência sobre as ameaças. Na segunda-feira (19), ela esteve na sede da Polícia Civil e prestou depoimento. O Departamento de Operações Especiais (Dope) instaurou um inquérito para apurar as denúncias. Carletto também protocolou uma manifestação no Ministério Público Federal, que já foi acolhida e será enviada à Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo.

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“É intolerável e inadmissível esse tipo de ataque em uma democracia. São mulheres que atuam na defesa dos direitos humanos, das mulheres e da tolerância à orientação sexual e identidade de gênero, questões cruciais para o exercício da cidadania. Merecem nosso respeito e apoio”, afirmou Fernando José da Costa, secretário da Justiça e Cidadania.

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