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Camelôs atuam no metrô sem autorização

Ambulantes oferecem mercadorias em diversas estações e são criticados por usuários

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 13h41 - Publicado em 22 dez 2014, 12h56

Vendedores ambulantes invadiram as estações de metrô de São Paulo, se espalharam pelas escadas de acesso e chegaram aos vagões. De acordo com relatos de passageiros, eles trabalham praticamente em todas as paradas. Os camelôs atuam, sem qualquer impedimento, nas Estações Carrão e Palmeiras-Barra Funda (Linha 3-Vermelha), Sacomã (Linha 2-Verde) e Pinheiros (Linha 4-Amarela). Eles vendem alimentos, eletroeletrônicos e até óculos de grau.

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Na Estação Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste, por exemplo, toda a estrutura montada para garantir a presença dos vendedores fica a cargo de apenas uma pessoa. O homem que cuida de um grupo de pelo menos dez camelôs, entre homens e mulheres, explica como faz para que suas mercadorias não sejam apreendidas. “A gente trabalha de um jeito, onde cada um fica de olho nas costas do outro. Aí, quando eles (fiscais) chegam, um avisa o outro e sai todo mundo correndo.”

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Os passageiros que habitualmente já sofrem com a superlotação são os mais prejudicados. Em geral, as reclamações vão do desconforto à falta de segurança. A estudante Jéssica de Oliveira diz ter medo de ser assaltada e dificuldade para embarcar nos trens. A administradora Amanda Siqueira diz que a abordagem incomoda.

A venda por ambulantes nas estações de metrô é proibida e pode servir para camuflar crimes, alerta o Metrô. O chefe do Departamento de Segurança da companhia, Ruben Menezes, diz que é preciso conscientizar a população. “Temos roubo de carga, contrabando, descaminho, receptação e outro crimes que acontecem e alimentam o comércio irregular por este consumo que às vezes a gente faz em solidariedade um com o outro”, afirma.

Grupos organizados de usuários, no entanto, contestam que o problema esteja na falta de colaboração por parte dos passageiros. Para Anderson Ricardo de Oliveira Reis, do site Sardinha Express, o problema é a falta de agentes de segurança nas estações.

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“Só há fiscalização quando algum passageiro finaliza por SMS a denúncia. Se é proibido, é preciso ter ao menos dois agentes da segurança em todas as estações, mas tem horas que as estações estão sem segurança algum”, afirma Reis.

Segundo estatísticas do Metrô, são realizadas em média 400 apreensões mensalmente. A retirada do material só é feita mediante o pagamento de multa. O Metrô tem à disposição dos usuários o SMS para denúncias pelo 97333-2252.

(Com Estadão Conteúdo)

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