Caixa-preta de guindaste que caiu no Itaquerão está vazia, diz fabricante
Queda de equipamento provocou a morte de dois trabalhadores da obra do estádio em novembro
A Odebrecht Infraestrutura, empresa responsável pela obra da Arena Corinthians, afirmou nesta terça-feira (28) ter sido informada pelo Ministério do Trabalho e Emprego que a caixa-preta do guindaste que provocou o acidente do dia 27 de novembro que matou dois funcionários não registrou nenhuma informação sobre o caso.
O ministério foi informado pela empresa alemã Liebherr, responsável pela fabricação do equipamento. Em dezembro, logo depois do acidente, dois engenheiros da empresa vieram ao Brasil para recolher o data logger, equipamento que registra informações sobre as operações. Uma cópia do equipamento foi para Alemanha e outra para o Instituto de Criminalística. A polícia esperava essas informações para determinar as causas do acidente.
Em nota, a Odebrecht afirmou que a alegação causa “estranheza e perplexidade”. “A Odebrecht espera, assim, que o fabricante venha a público prestar esclarecimentos técnicos a respeito do ocorrido, bem como dar a devida satisfação às famílias das vítimas, à sociedade brasileira e às autoridades que investigam o acidente.”
Acidente na Arena Corinthians
Por volta das 12h do dia 27 de novembro, um guindaste caiu sobre a cobertura da Arena Corinthians, conhecida como Itaquerão (Zona Leste), destruindo parte da arquibancada e deixando pelo dois mortos: o operador de guindaste Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos.
O guindaste içava o último módulo da estrutura da cobertura metálica do estádio, provocando a queda da peça sobre parte da área de circulação do prédio leste. A queda da peça danificou ainda uma parte considerável do telão de LED do estádio, um dos xodós do projeto.
Com a entrega prevista originalmente para o fim de dezembro, o Itaquerão teve ajustes em seu cronograma após o acidente. A nova data para a conclusão do estádio é fevereiro de 2014.