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Cerca de duas pessoas caem por dia nos vãos das estações da CPTM

Dados de 2018 mostram, no entanto, que número de casos vem diminuindo

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 23 abr 2019, 19h42 - Publicado em 23 abr 2019, 19h41
CPTM
Passageiros aguardam na plataforma lotada da estação Perus (Diogo Botelho/Futura Press/Folhapress/Veja SP)
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No ano passado, 782 pessoas caíram no vão entre o trem e a plataforma nas estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os dados, obtidos via Lei de Acesso à Informação por VEJA SÃO PAULO, mostram que a linha campeã em quedas no ano passado foi a 11-Coral, responsável por 35% dos casos; em seguida, a linha 9-Esmeralda, com 21%; e, em terceiro, a linha 12-Safira, com 18,7%.

O número total de casos, no entanto, é 24% menor se comparado a 2017, quando foram registradas 1 033 ocorrências. Procurada, a companhia informou que a redução se deu pela “instalação de borrachões de proteção nas plataformas e à intensificação das orientações de segurança aos passageiros”.

Os borrachões aparecem na beirada, cobrindo o espaço  entre o trem e a plataforma. Para o especialista em mobilidade urbana e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Paulo Bacaltchuck, o equipamento ajuda na diminuição dos casos, mas o problema é maior.

“A infraestrutura da CPTM é tecnologicamente inferior se comparada com o Metrô, por exemplo, em termos de sinalização e capacidade de passageiros”, afirma. “O compartilhamento das linhas de transporte público com trens de carga agrava essa situação, deixando os vãos maiores.”

O problema deve ser amenizado com a construção do Ferroanel Norte, linha férrea com traçado paralelo ao Rodoanel Norte. Com 53 quilômetros de extensão, a obra com custo de 3,5 bilhões de reais deve passar por municípios como Arujá, Guarulhos, Itaquaquecetuba e São Paulo. A implementação de uma via exclusiva para trens de carga reduzirá a circulação desse tipo de locomotiva na CPTM. Em janeiro, o governador João Doria anunciou que as obras do Ferroanel começam este ano.

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A linha 11-Coral liderou o número de quedas nos últimos três anos. Em 2016, foram registrados 530 casos, 53% do total; em 2017, 503, 49% do total. No ano passado, a Coral ainda apareceu em primeiro, contudo, foram registrados 273 casos, diminuição justificada pela instalação dos borrachões. 

Confira abaixo as ocorrências de queda no espaço entre o trem e a plataforma por linha da CPTM:

Nome da linha da CPTM Número de ocorrências registradas em 2018
7-Rubi 99
8-Diamante 32
9-Esmeralda 165
10-Turquesa  50
11-Coral 273
12-Safira  146
13-Jade 17
Total 782

 

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