Bufê de sopas: temperatura baixa atrai clientes
Frio no outono aumenta procura por cremes e caldos em padaria
Uma cai, outra cresce. Basta a temperatura baixar para que aumente a fila em torno dos bufês que servem caldos e cremes, disponíveis em várias padarias da cidade. “Nas noites frias, chegamos a atender 200 pessoas”, diz Patrícia Oyama, engenheira de alimentos da rede Dona Deôla. “Em junho e julho, o consumo de sopas sobe pelo menos 60%”, afirma Valderez Dalmago, um dos sócios da Villa Bahia. Oficialmente, a estação só começa no próximo dia 21. Mas, como neste ano o frio apareceu mais cedo – na madrugada do último dia 25 os termômetros chegaram a marcar 4,8 graus –, o clima nas padocas já é de inverno. “Antecipamos nossos lançamentos para esta temporada”, conta Milton Guedes de Oliveira, sócio da Galeria dos Pães, cujo bufê fumegante é famoso por provocar longas esperas. “Entraram no cardápio, por exemplo, a sopa de grão-de-bico com músculo e a de yakisoba.” Embora algumas padarias apostem na variedade, a maioria não abre mão das receitas tradicionais. Uma das campeãs em consumo, a canja marca presença em vários bufês. Desde que essa receita indiana se tornou popular no Brasil, depois de cair nas graças do imperador Pedro II, a mistura de arroz e galinha nunca deixou de freqüentar nossas mesas. “A canja, o caldo verde e o creme suíço são clássicos de um bufê de sopas”, afirma a nutricionista Célia Regina Alves, do Empório Moema. No geral menos calóricos que outras delícias de inverno, como os chocolates e as fondues, os caldos e cremes são uma boa escolha para quem quer fazer uma refeição saborosa sem correr o risco de se lembrar dela meses depois, no verão, na forma de quilos a mais. Se a preocupação é manter a linha, vale a pena perguntar sobre as opções mais light do menu de sopas, como a de espinafre ou milho. Quem, ao contrário, não está nem aí para a balança pode curtir à vontade os inúmeros acompanhamentos inclusos nos bufês. Há pães, bolos, queijos, doces, sanduíches de metro…