Bruno Vasone: como turbinar um negócio
Antes funcionário de uma lan house, paulistano foi contratado para organizar torneios no Brasil para a Riot Games
Em 2002, Bruno Vasone era funcionário de uma lan house no bairro de Santo Amaro e pensava em estratégias para movimentar o negócio, que andava meio parado. “Eu ficava incomodado ao ver os computadores todos vazios e decidi organizar alguns campeonatos para atrair mais usuários”, lembra. A ideia foi um sucesso, tanto no campo profissional como no pessoal. “Ali descobri uma paixão, mas não imaginava que ela poderia se tornar minha profissão”, completa.
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Apenas um ano depois, Vasone foi convocado pela competição internacional World Cyber Games para organizar as seletivas brasileiras do evento. Em 2005, juntou dinheiro e viajou para Paris com o propósito de se infiltrar nos bastidores da Electronic Sports World Cup, no Museu do Louvre. “Notei que os participantes eram tratados como celebridades na Europa e as partidas chegavam a ser transmitidas pela televisão. Voltei disposto a criar algo parecido por aqui”, relata.
Há dois meses, seu objetivo ficou mais próximo: foi contratado para organizar torneios no Brasil para a Riot Games, criadora do jogo de estratégia “League of Legends”. Trata-se de um dos títulos on-line mais populares do mundo, com 11,5 milhões de jogadores ativos por mês e distribuição de prêmios anuais de até 5 milhões de dólares.
A empresa chegou a São Paulo em março e o produto deve ganhar sua versão em português no segundo semestre. “Vamos distribuir no mínimo 100.000 reais de premiação no primeiro ano”, garante Vasone, que não esconde o sonho de lotar um espaço como o Ginásio do Ibirapuera ou o Pavilhão do Anhembi para um evento.