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Covas assinará documento que confirma criação do Parque Augusta

Ato no sábado (6) encerra uma longa disputa entre prefeitura, iniciativa privada e movimentos sociais

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 3 abr 2019, 12h41 - Publicado em 2 abr 2019, 21h56
Vista aérea da área onde será o Parque Augusta (Bruno Niz/Veja SP)
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O prefeito Bruno Covas vai assinar neste sábado (6) a escritura que confirma a criação do Parque Augusta, no centro da capital.

“No dia que completo um ano como prefeito vou comemorar assinando essa escritura que dá vida ao sonho de tantas pessoas que brigaram por esse parque”, disse Bruno Covas a VEJA SÃO PAULO. “Ele representa a vitória da luta de vários coletivos sobre projetos privados”.

A medida marca o fim de uma longa disputa judicial travada entre a administração municipal, a iniciativa privada e movimentos sociais que defendiam a construção de um parque na área verde de 25 000 metros quadrados na Rua Augusta, entre a Caio Prado e a Marques de Paranaguá.

A pressão pela criação do parque se intensificou em 2013, quando o terreno foi fechado ao público depois que as empresas Cyrela e Setin compraram o imóvel. Até então, a área era considerada de “utilidade pública”, por força de decreto, e as empresas já tinham apresentado um projeto com a intenção de construir dois prédios no local.

Também em 2013, o então prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou uma lei que autorizava a criação do parque. Em janeiro de 2014, no entanto, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informou que não tinha dinheiro para bancar sua construção.

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O terreno chegou a ser ocupado por 300 ativistas durante dois meses em 2015, enquanto a prefeitura analisava o projeto das construtoras para o imóvel.

O Ministério Público entrou na jogada. O promotor Silvio Marques moveu uma ação em 2016 contra as empresas, pedindo que a área fosse devolvida ao poder público como forma de indenização por danos morais coletivos.

Quando assumiu a prefeitura em janeiro de 2017, o então prefeito João Doria (PSDB), de quem Covas era vice, chegou a dizer em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o “parque não sairia do papel” e que a prefeitura “não iria gastar dinheiro público com isso”.

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Em agosto de 2018, a prefeitura assinou um acordo com o Ministério Público e as duas empresas donas do terreno no qual previa que elas doassem o lote e construíssem o parque em troca do direito de construir em outras áreas da cidade. Segundo esse acordo, a previsão é de que o parque fique pronto até 2020.

Integrante do Movimento Parque Augusta, o urbanista Augusto Aneas comemorou a iniciativa de Covas. “Representa a vitória de muitas décadas de luta. É um dia muito especial. Estaremos todos lá. O parque é uma conquista”, disse. “A luta continua. Isso vai servir de precedente para começar uma nova forma de gerir um parque”.

Tombado pelo Patrimônio Histórico, o terreno abrigou o colégio Des Oiseaux, reservado às meninas da alta sociedade paulistana. Desde 1970, além de parque e hotel, se pensou em erguer um supermercado e um Museu da Música Popular Brasileira.

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