Brechós moderninhos
Com roupas mais novas e araras organizadas, lojas desse segmento podem ser um bom começo para quem não está acostumado a comprar usados
Nem toda roupa de brechó precisa ser vintage. Para quem não curte o estilo, muitas casas trabalham com coleções recentes, a preços bem abaixo dos encontrados em lojas normais.
Com araras organizadas e salas bem iluminadas, esses brechós são ideais para quem não tem paciência para garimpar e para quem ainda não se convenceu a usar roupas usadas.
+ Cuidados na hora de garimpar
Entre as araras desses brechós moderninhos, sempre é possível encontrar peças diferentes com um toque atual. Um exemplo é a Casa Juisi, que traz peças estilosas diretamente do Japão.
Selecionamos cinco casas que merecem uma visita:
Há 20 anos na Vila Madalena, a casa foge do estereótipo de brechó. A começar pelas roupas. Entre suas 30 mil peças, só constam coleções dos últimos três anos. A reposição é constante, cerca de mil itens chegam todos os dias para avaliação. A loja também é ampla e organizada.
O melhor de tudo é o custo-benefício. Vestidos de algodão custam em torno de R$ 35, blusas, entre R$ 10 e R$ 15. Na seção masculina, relativamente grande comparada a outros brechós, uma pólo Luigi Bertoli custa R$ 15. A loja também conta com roupas infantis: um vestido Pakalolo para uma criança de 4 anos sai por R$ 10; um da Jacadi, R$ 40. Todas as peças são bem cuidadas.
Uma das poucas desvantagens é que não há peças exclusivas. A maioria das roupas é de grandes marcas e acabou de sair das vitrines de shoppings. Também não é permitido entrar de bolsa na loja, é preciso deixá-la na entrada.
Com duas unidades – uma no Centro e outra na Vila Madalena – a ideia original do brechó era trabalhar tanto com peças atuais quanto vintage. No entanto, hoje, ambas as lojas vendem roupas mais novas. ”Todo mundo fala que adora peça vintage, mas, na hora de comprar, prefere as de marca”, justifica Jorge Nóbrega, 48 anos, um dos sócios.
Por ali, roupas de marca e mais alternativas se misturam nas araras, bem organizadas. Os preços não são dos melhores, mas os itens estão em ótimo estado e são bem atuais. Uma saia jeans da Osklen sai por R$ 45, uma blusa de malha, por R$35. Vestidos de festa custam em torno de R$ 100 e R$ 200.
Também há uma seção masculina. Uma pólo Ralph Lauren custa R$ 48.
Uma prateleira que chama a atenção é a de óculos. Um de marca pode sair por R$ 200, mas há boas opções a R$ 35. Também há armações vintage para óculos de grau a R$ 59.
Com foco em roupas mais novas, a loja faz parte do clube de brechós arrumadinhos. O foco são roupas novas e, de preferência, de marca.
Os preços são amigáveis: uma regata Reinaldo Lourenço custa R$ 30, calças jeans saem por uma média de R$ 50. Algumas blusas apresentavam manchinhas no dia da visita, mas de modo geral as peças são bem conservadas.
Há dois meses, a loja saiu da Alameda Tietê para se alojar no Centro. “Nos sentíamos acuados nos Jardins. Decidimos participar desse processo de restauração da região central e quisemos ser pioneiros”, explica Simone Pokropp, uma das donas do brechó. Ainda em fase de estruturação, o local é dividido em duas partes: uma para aluguel e outra para venda.
A loja é para quem gosta de exclusividade no visual. Com um fiel fornecedor no Japão, o brechóconta com peças e estampas bem diferentes e relativamente novas. O preço é razoável: saias saem em torno de R$ 60, vestidos bem elaborados ficam na faixa de R$ 120. Para quem procura calças, blusas e casacos jeans, há uma sala exclusiva para o tecido.
A charmosa loja em Pinheiros trabalha com peças novas, muitas inclusive com etiqueta. Os preços são tentadores: regatinhas vão de R$ 10 a R$ 30, saias saem entre R$ 15 e R$ 50. Outro destaque são as bolsas retrô, embora sejam poucas.
O leque de opções não é muito vasto: o brechó ocupa apenas dois cômodos de uma simpática casa. No entanto, a probabilidade de uma boa compra é tão grande quanto em muitos brechós abarrotados de roupas, pois o acervo é composto por grifes de qualidade.