Brechós de luxo
Roupas de grife a preços acessíveis atraem mulheres com maior poder aquisitivo
Brechós de luxo são cada vez mais procurados por quem deseja adquirir peças de grife a preços mais acessíveis. A clientela é formada por mulheres executivas entre 30 e 50 anos, com bom poder aquisitivo.
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Para esse público mais selecionado, a qualidade precisa ser impecável. As ofertas são irresistíveis: vestidos de grifes internacionais como Marc Jacobs e Valentino saem por menos da metade do preço original.
Confira quatro endereços sofisticados para quem quer completar o quarda roupas com peças de grife mais baratas:
“Butique de roupas seminovas” é a definição na porta do local. “Chamar de brechó dá uma ideia de roupas atulhadas, não gosto”, justifica Carmen del Corona, uma das donas da loja. Criado em 1965 por Lucília Marcos, mãe de Carmen, o Degriffée é pioneiro no ramo dos brechós de luxo.
Há opções para todos os estilos e tamanhos: são mais de 3.000 peças. Etiquetas Prada, Dior, Armani e Burberry se misturam a marcas menos sofisticadas, de preço mais amigável. Um vestido de festa curto da Prada, por exemplo, sai por R$ 599. Um da Le Lis Blanc custa R$ 179. Também há pechinchas na arara de casacos de frio. Um sobretudo preto da Burberry custa R$ 650. Outro muito semelhante, da Fórum, sai por R$ 399.
Um destaque da casa é a organização. A loja possui quatro provadores, as araras estão separadas por numeração e as peças são divididas por setores.
Quem entra pela primeira vez na loja não imagina que se trate de um brechó. Do segmento luxo, o Trash Chic só vende roupas de marcas como Gucci, Dior e Marc Jacobs. “São sempre peças de grife, de preferência internacionais”, afirma Loly Monfort, responsável pelo local.
Os preços também estão longe dos encontrados em brechós tradicionais, ainda que bem abaixo do preço de lojas normais. Um vestido longo de seda da Valentino sai por R$ 2.499 – um longo da coleção atual custa aproximadamente entre R$ 7.000 e R$ 13.000.
A clientela, portanto, é diferenciada. “Normalmente são executivas, artistas e pessoas que trabalham com moda.”
Aberta no final de 2011, a loja trabalha basicamente com peças bem cuidadas de marca e de estilistas. Uma bolsa da Louis Vuitton (foto) em ótimo estado, por exemplo, sai por R$ 850 — originalmente ela custa cerca de R$ 2.500. Terninhos ficam em torno de R$ 70 e R$ 145.
De acordo com as proprietárias, Valéria Migliacci e Patrícia Bertolli, a clientela vai ao brechó em busca de grifes. “São mulheres que não podem ir até a Louis Vuitton e gastar R$ 2.000, mas R$ 800 em três vezes já fica acessível”, explica Patrícia. “A maioria de nossas clientes é antenada com a moda, tem bom poder aquisitivo e valoriza marcas”, completa.
“Aqui, as roupas vão de R$ 10 a R$ 1.000.” Assim Cátia Freire, 39 anos, define sua loja. Embora o foco seja peças de grife, marcas mais baratas também se misturam nas araras, o que atrai todo o tipo de público.
Os preços não são dos melhores, principalmente comparado a outros brechós, embora as roupas estejam em estado impecável. Calças jeans custam na faixa de R$ 80. Uma Diesel sai por R$ 200. Os casacos de frio custam entre R$ 100 e R$ 250. Proporcionalmente, as roupas de grifes são as melhores ofertas: uma saia Versace laranja custa R$ 99, uma bolsa Salvatore Ferragamo, R$ 150.