Bolsonaro indica tenente-coronel para cargo de diretor na Anvisa

A indicação de Jorge Luiz Kormann causou estranhamento entre funcionários da agência, já que ele não tem formação em saúde

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 12 nov 2020, 18h09 - Publicado em 12 nov 2020, 18h05

Jair Bolsonaro indicou o tenente-coronel da reserva Jorge Luiz Kormann para ocupar uma vaga na diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta quinta-feira (12). Ele precisará passar por sabatina no Senado para ocupar o posto. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O indicado é atualmente secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde. Ele atua na função desde maio, quando o governo aumentou o número de militares na pasta. A indicação causou estranheza em servidores da Anvisa, já que Kormann não tem formação em saúde ou experiência ampla na área.

Pausa polêmica

O presidente indica o tenente-coronel em meio à confusão da vacina CoronaVac, que chegou a ter os testes suspensos pela Anvisa após um “evento adverso grave”. A imprensa noticiou que o tal evento se tratava de uma morte por suicídio, assim, não teria relação com a vacina.

A Anvisa alegou que seguiu critérios técnicos e que não recebeu todas as informações sobre o evento. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, no entanto, rebateu as afirmações e se mostrou indignado com a pausa dos testes. O presidente chegou a comemorar em rede social a pausa.

Continua após a publicidade

Se aprovado, Kormann pode ser o segundo militar na atual diretoria da Anvisa, hoje comandada pelo contra-almirante da Marinha Antonio Barra Torres, que é próximo a Bolsonaro.