Continua após publicidade

“Bibi — Histórias e Canções” mescla drama, comédia e tragédia

Acompanhada de 21 músicos, a atriz esbanja versatilidade no palco

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 16h53 - Publicado em 22 set 2012, 01h00

Aos ouvidos do público, os acordes de “Malandragem”, de Cazuza e Roberto Frejat, soam inicialmente como uma estranha ironia. Embalada pela versão instrumental da música, cuja letra possui os versos “quem sabe ainda sou uma garotinha/ esperando o ônibus da escola sozinha”, Bibi Ferreira sobe ao palco para apresentar o show teatral “Bibi — Histórias e Canções” e comemorar os 90 anos, completados em 1º de junho.

A atriz, cantora e diretora cria mais uma agradável desculpa para revisitar sete décadas de carreira e causos de sua vida, a maioria ocorrida lá pelo “século XVII”, como ela brinca. Não se trata da primeira vez que Bibi faz isso — e tomara que venham outras por aí. Tampouco há novidades em cena, mas a técnica e o bom humor da artista tornam o programa uma amostra de sua trajetória, conservadora na forma e cheia de frescor e de conteúdo inteligente.

+ Bibi Ferreira fala sobre seu novo espetáculo, “Histórias e Canções”

Apoiada por 21 músicos, Bibi ressalta a veia de comediante na divertida fusão de marchinhas carnavalescas e árias operísticas. A atriz dramática exacerba a melancolia de “Ternura Antiga”, de Dolores Duran, e de “Eu Sei que Vou Te Amar”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, contrastando com uma exaltação aos clássicos da Broadway. Ponto alto da sua carreira nos anos 70, o espetáculo “Gota d’Água” representa a tragédia. Escrita por Chico Buarque e Paulo Pontes, a peça ressurge no arrepiante monólogo da transtornada Joana, além de, claro, na canção-título.

Continua após a publicidade

Mais narrativa é a remissão à cantora Edith Piaf. Em meio a temas como” La Vie en Rose” e “Non, Je Ne Regrette Rien”, a estrela comenta a biografia da diva francesa, interpretada por ela na década de 80 e de quem jamais se desvinculou. Sob a quase transparente direção cênica de João Falcão e regência musical de Flávio Mendes, Bibi esbanja uma rara versatilidade.

AVALIAÇÃO: ✪✪✪

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.