Baladas para descolados
Alberta #3, CB Bar, Funhouse, Tapas Club e Vegas, entre outros, estão na seleção
Alberta #3É o lugar da moda entre os fãs de rock. Fotos antigas de Bob Dylan, Mick Jagger e Keith Richards decoram os dois compactos salões, que têm um jeitão de pub inglês. Por volta da meia-noite começa a funcionar a pista, no subsolo. Lá, moderninhos se esbaldam ao som de rock e variantes. Possui um benfeito cardápio de bebidas, com coquetéis, chope irlandês Guinness (R$ 10,00 até 22h; e R$ 18,00) e cervejas importadas, a exemplo da boa pale ale americana Brooklyn East India (R$ 12,00).
O clube segue à risca a bem-sucedida fórmula de clima largadão e música alternativa (sobretudo indie rock e electro) da maioria das casas moderninhas. A começar pela ambientação simples, de paredes de concreto aparente. Enquanto a pista ferve no térreo, o lounge no piso superior se destaca por dois bonitos janelões que proporcionam uma vista para os trilhos do trem. Às sextas, tem vez o Kill Yoko, projeto um pouco mais puxado para o eletrônico. Na noite seguinte, os indies fazem a festa na Overdancing.
Reduto de modernos com visual retrô, o pequeno clube de dois andares abre as portas às 9 da noite, como um pub. A partir das 10, começa a cobrar entrada; pouco depois, os DJs invadem o pedaço. Às quartas hospeda projetos variados. O rock e o indie dão o tom às quintas. Toda sexta, pelo projeto Shakesville SP, bandas ao vivo e DJs injetam rock’n’roll e soul music na pista. Os ritmos passeiam por new wave, rock alternativo e punk nos sempre lotados sábados. Para refrescar, uma das boas pedidas do bar é o pint de Guinness (R$ 18,00, 568 mililitros).
Faz jus ao nome, com a exceção de que se trata não de um bar, mas de uma balada. Rodeado de mistério, não tem telefone de informações, evita fazer alarde de sua programação e coloca uma rigorosa hostess na porta que só deixa entrar quem possui nome na lista. Ganhou a aura de reservado depois que a cantora Madonna mostrou suas loiras madeixas por lá há dois anos. Apresenta sempre uma programação de primeira, com DJs de rock e eletrônico. Conta com sofás e lustres antigos, quadros de paisagens e uma saleta no andar de cima. Aposte em um look de roupas ousadas e coloridas, recém-saídas das passarelas de grifes descoladas.
Point desencanado de moderninhos e roqueiros, o Berlin ostenta paredes decoradas com desenhos psicodélicos e conta com uma areazinha externa para os fumantes no melhor estilo pé-sujo. Às sextas, tem vez a folia Guacharaca Club, regada a cumbia, reggaeton, carimbó, kuduru, funk e outros ritmos de origens incomuns. Um dos gêneros musicais mais queridos da clientela, o jazz anima as terças. É sempre obrigatória a presença de uma banda ao vivo. Por incrível que pareça, a casa não costuma abrir aos sábados.
Instalado numa antiga residência na região do Largo da Batata, em Pinheiros, possui como marca registrada o jeitão caseiro. Uma sala repleta de sofás com objetos divertidos e, logo ao lado, uma cozinha antigona deixam a atmosfera descontraída. Para a sorte dos fumantes, um quintal com uma inusitada pista a céu aberto fica coalhado de gente: moderninhos e alguns playboys se misturam ali. Outra parte da área externa é liberada depois para acomodar o público com mais folga. Neons que remetem aos sete pecados capitais decoram as paredes da pista principal, cujo acesso se dá por uma escada no fundo da casa. O som transita por disco, lounge, indie rock, house, groove, new jazz…
Luminárias inspiradas pela art déco, sofás azuis e chamativas cortinas prateadas enfeitam um dos principais redutos de rock de São Paulo. Bandas ao vivo ficam encarregadas de botar para quebrar, sobretudo em canções de levada retrô. Uma vez por mês, performances sensuais de uma pin-up apimentam a noitada. Boas pedidas no bar são os chopes importados Guinness, Newcastle Brown Ale e Old Speckled Hen (R$ 17,50 cada um, copo de 568 ml).
Na contramão do estilo das casas dos Jardins, o DJ Club tem uma pose underground. Há dez anos na ativa, a casa de três andares foca sua agenda no rock. Britpop e indie animam as quintas. Às sextas, tomam o lugar hits dos anos 80 e 90. Uma trilha mais conhecida, perfeita para cantar junto, sacode a pista do porão nos sábados. Espere encontrar um bar com globos psicodélicos e máquinas de fliperama ao redor e um lounge no 2º piso, onde discoteca outro DJ. Entre os residentes das cabines está o experiente Kid Vinil. Mulheres entram de graça até a meia-noite.
O Avenida Club ganhou fama por sediar bailes para um pessoal mais maduro, além de receber shows e montagens teatrais. Após uma reformulação em junho, o galpão em Pinheiros deu lugar ao reduto de moderninhos Estúdio Emme. Migraram para o endereço de ambiente único e amplo festas disputadas como a Funhell e a Balada Mixta (ambas vindas da Funhouse). Outros shows e discotecagens bacanas, quase sempre baseados no rock alternativo, também costumam marcar presença, assim como as peças de teatro. A fachada ostenta uma loja colorida de roupas femininas, a Emme, marca fundada em 2008. Fica aberta até 1h em dias de agito.
Não se assuste quando alguém disser que está indo para o Inferno. Bandas nacionais e gringas, dos mais variados gêneros e quase sempre desconhecidas do grande público, fazem tremer o chão desse espaço na Rua Augusta. Os convidados mandam ver principalmente em hard rock, heavy metal, rockabilly, hip-hop ou ska. Sem muitas firulas, o ambiente tem como marca registrada um letreiro em neon vermelho com o nome da casa. Há ainda sofás no térreo e um mezanino para quem quiser ver o show do alto.
Nos primeiros anos de funcionamento, era preciso chegar cedo para garantir o acesso ao sobradinho da Rua Bela Cintra. Com o tempo, ele foi perdendo um pouco de seu brilho, reavivado vez ou outra com algumas noites bem-sucedidas. Inspirada nos parques de diversão, a casa foi reformada recentemente e promete voltar com força total. O andar de cima perde a marcante jukebox e seus sofás para dar lugar a cadeiras e mesinhas, assim como a pista quadriculada de baixo, que não ostenta mais o palco por onde passaram célebres bandas underground. Continuam fixas as festas Boombox, que rola uma quinta-feira do mês, e a D.e.L.I.C.i.o.U.S., todos os sábados. Surge a Quarta e Vinte, às quartas, e eventos mensais.
Antes de embarcar nas noitadas do Glória, a regra é ousar no visual. Fashionistas e descolados dançam embalados por uma seleção musical diferentona. No imóvel que tem fachada tombada, já funcionaram uma igreja (há uma frase grafada na parede que denuncia: “casa de oração para todos os povos”) e um teatro. Quando se entra, uma escadaria leva à área externa, que vive abarrotada. Depois de passar por ela, chega-se à pista, decorada com espelhos e muitos sofás. Os sets costumam rondar o eletrônico. Menos às quintas, dia do Soul Glória, com black music. Fique ligado na festa Crew, todos os sábados, liderada por um coletivo de dezesseis DJs.
Cacá Ribeiro (ex-Royal), Augusto de Arruda Botelho (da Clash), Facundo Guerra e Tibira (do Vegas) estão por trás da balada. Com um varandão que dá vista para o centro da cidade, pista de efeito tridimensional e animais empalhados pendurados nas paredes, a Lions abriga sob o mesmo teto playboys, alternativos e gays. Às terças, dia de pouca concorrência, bomba a 6 Degrees, de rock. Soul e funk dão pinta às quintas, com os ingressos mais caros da semana. Não existem muitas regras para as sextas, majoritariamente tomadas pelo público GLS. Aos sábados, espere por eletrônico.
Querido pelo povo underground, o Milo Garage ocupa um espaço de estilo despojado — decorado com luzinhas e sofás alaranjados —, próximo à Avenida Paulista. Uma de suas noites mais disputadas, a quarta-feira é regada a rock. Às sextas, composições pouco conhecidas do hip-hop, funk e soul animam a festa batizada de GTA. Pop e electro têm vez no sábado. Em tempo: leve dinheiro, pois a casa não aceita cartões.
Criado por ex-funcionários do Milo Garage, o endereço tem atmosfera de festinha entre amigos e está hospedado numa antiga residência no bairro da Água Branca. Um quintal com cadeiras de plástico nos fundos acolhe os fumantes, enquanto a pista funciona na “sala” da casa. Os sets transitam por rock, música brasileira, dub, black music e um pouquinho de eletrônico. Fique esperto: o lugar não aceita cartões nem cheques.
Criada para ser um esquenta para a balada, a casa, de tão agitada, virou quase uma balada em si. Seu ambiente estiloso combina paredes de bloco de concreto com 6 metros de altura e um geométrico teto de neon. Moderninhos, gays e playbas convivem por lá, com maior concentração de uma ou outra tribo de acordo com a noite. As acomodações em sofás e pufes, aliadas às batidas eletrônicas disparadas por DJ, dão um clima festivo ao lugar. Entre os drinques, prove o mojito strawberry (R$ 19,00), preparado com rum, hortelã, morango, suco de limão e água com gás. Fecha excepcionalmente na terça (23).
Antes combinado de bar e balada, o Tapas passou por uma reformulação em novembro. Aboliu do cardápio as tapas (ou aperitivos) que davam nome ao lugar e começou a abrir mais tarde. Com papel de parede retrô e sofás baixos, o agradável piso térreo proporciona a possibilidade de conversar e saborear os drinques do cardápio ao som de jazz, afrobeat, samba e outras variantes. Na pista superior, que funciona a partir da 0h quando a casa está cheia, DJs põem para rodar diversos estilos. Não dá para perder o Chaka Hotnightz, projeto vindo do clube Milo, que vai da música jamaicana ao jazz dançante todas as sextas.
Um dos pontos mais famosos da região do Baixo Augusta, o Vegas deve fechar as portas quando o novo clube Pan Am, de um de seus donos, Facundo Guerra, for inaugurado na mesma rua (ainda não há data definida). Enquanto isso não acontece, as terças continuam movidas a eletrônico, assim como os sábados, que também misturam black music no coquetel sonoro. No projeto Rockfellas, todas as quintas, o rock reina absoluto. Uma das festas mais disputadas do local, a PostiT, foca-se em pop rasgado e toma o lugar às sextas. O clima costuma pegar fogo quando, além do lobby com elementos inspirados nos cassinos de Las Vegas, são abertos a pista de baixo e o jardim de inverno. Isso só rola quando a casa está mais cheia.