Ao passar pela Rua Brigadeiro Galvão, não tem como errar o endereço da Blue Space. Em uma construção toda pintada de azul, a boate aberta há catorze anos apresenta três ambientes. Seu forte são os produzidíssimos shows de drag queens, sempre muito divertidos. Espere encontrar rapazes malhados sem camiseta e go go boys performáticos. Eletrônico variado sobressai no cardápio sonoro.
Formado por lounge e duas pistas, vive com seus ambientes abarrotados. Um time de DJs investe em flashbacks e eletrônico. Aos sábados, uma banda dispara MPB ao vivo na área de descanso. Drag queens agitam com suas performances as matinês dominicais. Parte do público masculino curte tirar a camisa para exibir o físico durante a madrugada. Na última quinta-feira de cada mês, o clube abre espaço para o bemsucedido projeto Bubu Só para Elas, que chega a reunir 1 000 garotas.
A danceteria GLS é embalada por flashbacks dos anos 70 aos 90 e hits atuais. Localizada na região central, a Cantho costuma acolher homens mais maduros, na faixa que vai dos 40 aos 50 anos. Treze globos espelhados pendem do teto da lotada pista iluminada por lasers. Um mezanino fica liberado de sexta e sábado. Aos domingos, com o acréscimo de R$ 30,00 ao ingresso, pode-se ver o agito de cima. Mensalmente, no terceiro domingo do mês, rola o Energy, um after hours das 7h às 16h. Funciona em todas as vésperas de feriado.
Cartel ClubDe olho na clientela GLS que sempre lota o restaurante Ritz, nos Jardins, cinco empresários decidiram montar uma casa noturna no imóvel vizinho. Repleta de retângulos de luzes coloridas, a fachada toda preta dá acesso a um lounge decorado com espelhos, lustres de cristal e sofás. No 2º andar, há uma pistinha para 200 pessoas. Em formato retangular, a casa exibe corredores estreitos e de circulação complicada. Mas nem só os gays dominam o pedaço. Alguns endinheirados se juntam à massa para curtir a trilha sonora centrada em eletrônico, house e disco. Curiosidade: o banheiro é unissex.
É difícil encontrar uma casa noturna dedicada somente às meninas que gostam de meninas. Lançado nos anos 90, o Club Z veio parar na Augusta depois de passar por dois endereços. No térreo, uma banda manda ver em flashbacks, MPB e pop rock. Subindo uma escada, as garotas adentram uma pista pintada de preto onde dançam ao som de house e tribal.
Ponto fervido na Rua Frei Caneca, a boate-inferninho conquistou o público paulistano e abala a região há quinze anos. Disco, house, rock e pop animam os habitués, que se jogam na pista em clima de amizade e paquera. A Lôca criou festas clássicas como a Tapa na Pantera, às terças, a Loucuras, às quintas, e a Grind, aos domingos. Atuações excêntricas de drag queens costumam dar o ar da graça às quintas e aos domingos no clube que acaba de passar por uma reforma. Parte da decoração agora é arranjada com material reciclado. Tudo a mando do cenógrafo Silvio Galvão.
Faz jus ao nome: ocupa um galpão de 3 000 metros quadrados na Barra Funda com capacidade para 2 500 pessoas. São dois amplos espaços, um deles decorado com um painel de quadrados de luzes coloridas, o outro rodeado por camarotes. Competição para o gigante The Week, abre somente aos sábados. No restante da semana, vira espaço de eventos. Quatro DJs residentes apostam em eletrônico de diversos gêneros. Go go boys e dançarinas apimentam as noitadas.
Inaugurada em julho, a balada do DJ Mauro Borges e da drag queen Salete Campari se propõe a resgatar os anos 90. No mesmo ambiente onde antes estava instalada a boate Ultradiesel — também voltada para gays e lésbicas —, Borges toma conta dos toca-discos, relembrando pérolas musicais da época. Salete trabalha de hostess. Aparelhos projetam imagens nas paredes da pista, que conta com um palquinho para quem gosta de ser visto enquanto dança.
Também chamada de Castelinho da Consolação, a danceteria contabiliza 39 anos. Na década de 70, ganhou notoriedade por receber célebres shows de transformistas. Donos do DJ Club, nos Jardins, Gê Rodrigues e Igor Calmona resolveram reavivar em agosto o Nostro Mondo, que andava decadente. Restauraram a fachada e renovaram o sistema de iluminação. Também montaram uma nova pista térrea, voltada para flashbacks e house, enquanto o salão do segundo andar abriga performances de drag queens e sets de tribal.
Sem dúvida, trata-se da mais famosa balada gay da cidade. Com filiais no Rio de Janeiro e em Florianópolis, costuma receber cerca de 2 500 pessoas por fim de semana em um megaespaço de 3 200 metros quadrados. O salão principal, banhado por feixes de luz, fervilha ao som de batidas de house, tribal e progressive, enquanto a outra pista, repleta de quadrados coloridos, sacode com faixas dos mesmos gêneros, porém mais conhecidas. Uma ampla área externa, adornada por uma piscina, recebe o pessoal ávido por um ar fresco.
Inaugurada há dezoito anos, a Tunnel possui público cativo. Enfeitada com mosaicos e chão quadriculado de ares antigos, dispõe de três ambientes. A pista principal é regada a eletrônico. No lounge, há lanchonete, telão de 5 metros de altura e teto de vidro. Batizado de Adega, o outro salão, de arcos compostos por tijolos aparentes, pega fogo com flashbacks e canções trash. Shows de drag queens são obrigatórios todos os fins de semana.