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Região da Avenida Paulista ganhará calçadão de 10 000 metros quadrados

Batizado de Boulevard da Diversidade, o projeto terá túnel subterrâneo para carros em trecho da Rua São Carlos do Pinhal

Por Rafaela Bonilla
7 nov 2019, 16h20
O empresário Alexandre Allard (Divulgação/Veja SP)
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Após a idealização do complexo de luxo Cidade Matarazzo, o empresário francês Alexandre Allard também pretende criar um boulevard verde dedicado a pedestres, com feira orgânica e Wi-Fi grátis, próximo à Avenida Paulista. Um túnel subterrâneo para carros e ônibus deverá ser construído na área entre as ruas São Carlos do Pinhal, Itapeva e Alameda Rio Claro. Entretanto, o projeto, batizado de Boulevard da Diversidade causa polêmica entre os moradores da região.

Com previsão de entrega para 2022, a obra tem previsão de custo de 130 milhões de reais, vindos da iniciativa privada, que poderá explorar o pedaço por trinta anos. O termo de cooperação da iniciativa foi assinado em 25 de setembro. “Vamos passar para debaixo da terra o trânsito, para na parte de cima termos um boulevard”, afirmou o prefeito Bruno Covas em nota da Secretaria Especial de Comunicação da Prefeitura. “É um ganho para a capital de São Paulo. Temos certeza que vai melhorar muito a região.”

Com o objetivo de ser integrada à Cidade Matarazzo – complexo de luxo em construção na Bela Vista, que reunirá lojas, restaurantes e hotel no antigo Hospital Umberto I –, a novidade ocupará 10 000 metros quadrados. A ideia, além de aumentar a utilização de espaços públicos, é promover projetos sociais. Serão realizadas parcerias com ONGs de capacitação de pessoas em situação econômica de vulnerabilidade para trabalharem na feira orgânica do local.

Divulgação_ Prefeitura
Moradores questionam impactos da construção de calçadão na Bela Vista (Divulgação/ Prefeitura/Veja SP)

Moradores da região desaprovam falta de transparência

Membros da Associação de Moradores e Amigos do Bairro da Consolação e Adjacências procuraram o Ministério Público para pedir mais clareza e participação nas decisões do projeto. O grupo enfatiza que não está contrário à Cidade Matarazzo nem ao Boulevard da Diversidade, mas quer estudar o caso.

“Depois de sabermos da obra, fizemos um coletivo de vizinhos para poder analisar o máximo que pudéssemos. Terão prédios ilhados até o término das obras, mais o desvio do trânsito na Rua São Carlos do Pinhal até a construção do túnel. Queremos ser proativos, resolver os problemas”, explica Raphaela Galletti, advogada da associação. “Está tudo muito bonito nos slides. Nosso problema é a interferência na via pública de maneira pouco transparente.”

“Eles não têm a obrigação de só comunicar a Prefeitura, também precisam comunicar os moradores”, diz Marta Lilia Porta, presidente da associação. Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que foi realizada uma audiência pública, em maio, com moradores do pedaço. Uma segunda audiência pública está marcada para o dia 11 de novembro.

Sem previsão para início das obras, a Prefeitura, em nota, disse aguardar as emissões das licenças previstas para projetos deste tipo, englobando os órgãos de licenciamento de trânsito, de meio ambiente, de uso e ocupação do solo, entre outros.

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