Continua após publicidade

Luciano Burti explica os atalhos de Interlagos

O piloto conta os detalhes de um dos circuitos mais desafiadores do mundo

Por Vitor Matsubara
Atualizado em 5 dez 2016, 17h36 - Publicado em 18 nov 2011, 23h51
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O traçado atual do Autódromo Internacional José Carlos Pace foi idealizado no fim dos anos 80, quando a prefeitura de São Paulo e a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) trouxeram a etapa brasileira de volta à capital, após quase dez anos no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

    Depois de uma grande reforma, a extensão da pista caiu de 7.960 metros para 4.309 metros, atendendo às exigências dos organizadores da F1 naquela época. A categoria voltou a correr em São Paulo em 1990 e hoje tem contrato vigente com a Formula One Management (FOM), empresa responsável pela organização da competição, até 2014.

    “O circuito exige muita técnica dos corredores, é um dos mais desafiadores do mundo”, diz o paulistano Luciano Burti, de 36 anos, piloto de Stock Car e comentarista de automobilismo da Rede Globo. “Por ter sentido anti-horário, a maioria das curvas é feita para a esquerda.

    Como os pilotos costumam virar o pescoço mais para a direita, correr nesse lugar é mais desgastante.” Burti, que participou da F1 nas temporadas 2000 e 2001, ressalta que não é só com as dificuldades do traçado que os competidores precisam se preocupar durante a corrida. “É quase impossível fazer uma previsão do tempo em Interlagos. Pode estar chovendo só no autódromo, mesmo fazendo sol no resto da cidade. É sempre uma surpresa.” 

    Continua após a publicidade

    1. RETA DOS BOXES ( 7ª marcha e 320 km/h)

    “Uma das retas mais longas de todos os circuitos da Fórmula 1, que favorece muito a realização de ultrapassagens”

    2. S DO SENNA (3ª marcha e 106 km/h)

    Continua após a publicidade

    “Trata-se da freada mais forte do circuito. Os carros chegam a 300 km/h e reduzem a velocidade apenas 40 metros antes da curva. Aqui, o segredo é manter uma trajetória correta para sair acelerando”

    3. CURVA DO SOL (5ª marcha e 257 km/h)

    “É um dos pontos que mais forçam o pescoço do piloto, por conta da força G (força exercida pela gravidade na Terra). Se o piloto entra na curva da forma correta, nem é preciso virar muito o volante para contorná-la. É como se fosse uma reta”

    Continua após a publicidade

    4 e 5. RETA OPOSTA E CURVA DO LAGO (7ª marcha e 323 km/h | 3ª marcha e 154 km/h)

    “Ponto de alta velocidade, que favorece as ultrapassagens. No fim da reta, a Curva do Lago parece fácil, mas não é. Se o piloto não prestar atenção, poderá sair da pista e perder muito tempo para voltar à corrida”

    6. LARANJINHA (5ª marcha e 23 km/h)

    Continua após a publicidade

    “É um trecho difícil, feito a mais de 200 km/h. O traçado é uma subida, e o piloto não consegue enxergar a saída da curva”

    7 e 8. PINHEIRINHO E BICO DE PATO (2ª marcha e 104 km/h | 2ª marcha e 72 km/h)

    “A parte mais importante e técnica do circuito, com todas as curvas feitas em segunda marcha. O trecho é formado por curvas lentas, que podem fazer o corredor perder tempo, principalmente se o carro estiver com problemas”

    Continua após a publicidade

    9. MERGULHO (5ª marcha e 235 km/h)

    “Parte de alta velocidade, muito parecida com a Curva do Sol. Em pista seca, o piloto consegue acelerar sem dificuldades”

    10. JUNÇÃO (3ª marcha e 130 km/h)

    “Antecede a Reta dos Boxes. Se o piloto faz o traçado correto, consegue sair da curva em alta velocidade e as chances de realizar uma ultrapassagem aumentam”

    11 e 12. CURVA DO CAFÉ E SUBIDA DOS BOXES (7ª marcha e 309 km/h | 6ª marcha e 276 km/h)

    “Não é um trecho complicado em pista seca, mas requer atenção sob chuva. Apesar dos recentes acidentes em outras categorias, nunca registrou ocorrências graves na F1. A batida mais séria por ali aconteceu em 2003 e envolveu Fernando Alonso e Mark Webber, que saíram ilesos”. 

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital
    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de São Paulo

    a partir de R$ 39,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.