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Chef Fogaça é eleito síndico de prédio em reunião com polícia e confusão

É a segunda vez que o jurado do MasterChef ganha um pleito no Edificio Baronesa de Arary, na Avenida Paulista, mas ainda não se sabe se ele irá assumir

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 jun 2019, 15h03 - Publicado em 7 jun 2019, 14h18
Fogaça: reunião de síndico acabou em confusão (Reprodução/Veja SP)
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A complicada jornada dos moradores do Edificio Baronesa de Arary, na Avenida Paulista, em busca de um novo síndico ganhou outro capítulo na última quarta (5). A assembleia de votação foi marcada por confusão e a presença de policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Polícia Militar. O chef Henrique Fogaça (que também faz as vezes de jurado no programa MasterChef, da Band) acabou eleito síndico pela segunda vez, mas ainda não sabe quando poderá assumir a administração do endereço.

Com cerca de 100 votos, Fogaça foi escolhido para suceder uma família que reveza-se há quase duas décadas no poder e é vista com desconfiança pelos condôminos. Antes da votação, no entanto, um líder da atual gestão tentou encerrar as atividades afirmando que não sentia-se seguro com a presença de oficiais no entorno. “Liguei na hora para o 190 e fui para a delegacia”, diz o chef. Além disso, há relatos de pessoas que não residem no condomínio portando procurações para votar no lugar de supostos moradores. A tática, de acordo com moradores, seria uma prática antiga dos administradores.

A conturbada reunião ocorreu sete meses após o cozinheiro ter sido eleito pela primeira vez para cuidar do Baronesa. O pleito, no entanto, não foi considerado válido pela Justiça, que determinou a realização de outra votação. Na época, os moradores realizaram a assembleia em um parque próximo ao endereço e não foram autorizados a entrar no auditório onde originalmente ocorreria o evento.

Ainda não se sabe se Henrique Fogaça conseguirá assumir desta vez. “Vamos pedir que a juíza aceite a eleição no modo em que foi possível fazer ou que nomeie um síndico judicial até ocorrer outra assembleia”, diz Marcio Rachkorsky, advogado de Fogaça.

Toda essa confusão tem como epicentro a administradora ADTEC — responsável pelo Baronesa de Arary há quase duas décadas. Moradores acusam a organização (comandada por uma única família que reveza-se no posto de síndico) de nepotismo, desviar verbas, fraudar eleições e dificultar o acesso aos documentos do condomínio . Em 2013, VEJA SÃO PAULO publicou reportagem sobre outra reunião de condomínio do Baronesa que acabou em agressões físicas e tumulto. Procurada a ADTEC não atendeu às ligações da reportagem.

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Ao lado do Parque Trianon e quase em frente ao Masp, o Baronesa, já foi conhecido como o “treme-treme da Paulista” e chegou a ficar interditado por problemas elétricos entre 1993 e 1994. Projeto do arquiteto Simeon Fichel, o edifício começou a ser construído em 1954 teve moradores ilustres, como o casal de atores Walmor Chagas e Cacilda Becker.

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