Diretora diz que Marcelo se sentia seguro na escola
Segundo a polícia, o menino de 13 anos foi à aula depois de supostamente ter matado os familiares
Escola onde Marcelo Eduardo Pesseghini, de 13 anos, estudava e local onde ele teria ido, segundo a polícia, depois de matar quatro familiares, o Colégio Stella Rodrigues divulgou uma nota oficial na tarde desta quarta-feira (7). No documento, a diretora Maristela Rodrigues afirma que o garoto e seus pais sempre apresentaram comportamento normal e que a instituição era o porto seguro do garoto.
+ Dez dúvidas sobre a morte da família Pesseghini
+ Polícia encontra luvas e mais três armas
+ Amigo disse para a polícia que Marcelo queria matar os pais
“Não houve indício que anunciasse nenhuma tragédia”, diz o comunicado. Marcelo estudava no local desde os cinco anos de idade e todos na escola sabiam de sua doença. “No ato de sua matrícula, a mãe mencionou à diretora do colégio que estava entregando em suas mãos a sua maior preciosidade, relatando que o menor sofria de uma doença degenerativa e que talvez não tivesse expectativa de vida além dos 18 anos.”
Segundo a diretora, ele era um garoto “dócil, alegre, com boas relações com os colegas e corpo docente”. Quanto à presença do menino na segunda-feira (5), o documento diz que ele se comportou normalmente. “Sentiu no colégio o seu porto seguro.”
A escola declarou luto oficial e cancelou as aulas até a próxima segunda-feira (12). De acordo com a diretoria, profissionais especializados foram contratados para dar apoio aos professores, alunos e familiares na volta às aulas.
Caso
Luis Marcelo Pesseghini pertencia à Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e sua mulher, Andréia Regina Bovo Pesseghini, era cabo da PM. O casal e o filho, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, foram encontrados mortos por disparo de arma de fogo na sala de casa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um revólver .40 foi achado na mão esquerda do menino, sob o seu corpo.
Em uma outra casa, no mesmo terreno, a mãe de Andréia, Benedita Oliveira Bovo, e sua tia, Bernadete Oliveira da Silva, foram encontradas mortas em camas diferentes, mas no mesmo quarto. Na garagem havia uma mochila com uma faca, uma pistola 32 e outros objetos.De acordo com a SSP, uma vizinha teria estranhado o fato da casa estar aberta, com as luzes acesas e ninguém atender. Por isso, chamou a polícia.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).Os corpos dos dois policiais, do rapaz e da avó foram levados para Rio Claro, no interior de São Paulo.