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Amigo disse para a polícia que Marcelo queria matar os pais

Os vizinhos da família devem ser ouvidos nesta quarta-feira (07)

Por Redação Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 15h44 - Publicado em 6 ago 2013, 13h23
Casa policiais mortos
Casa policiais mortos (Juliana Deodoro/)
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Em depoimento à polícia, o melhor amigo de Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de assassinar os pais, a avó e uma tia-avó, disse que ele pensava em matar os pais de madrugada e fugir de casa com o carro da família. Durante entrevista coletiva no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Itagiba Franco divulgou os detalhes do caso. Os vizinhos da família devem ser ouvidos nesta quarta-feira (07)

O nome do garoto, também de 13 anos, foi preservado pela polícia. Segundo Itagiba, durante o depoimento, ele afirmou que Marcelo já o havia chamado para fugir de casa e que ele dizia querer ser “matador de aluguel”. 

Os corpos de Marcelo, de seus pais, o casal de policiais Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e Andréia Pesseghini, 36 anos, da mãe de Andréia, Benedita Oliveira Bovo, de 65 anos, e da tia-avó do garoto, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, foram encontrados em duas casas que ocupam um mesmo terreno na noite de segunda (5), na Vila Brasilândia, Zona Norte. Marcelo é suspeito de ter cometido o crime de madrugada. Pela manhã, ele teria ido à escola dirigindo o carro da família. As investigações apontam ainda que o menino se matou ao retornar para casa, após as aulas.

Também em depoimento, a professora de Marcelo afirmou que nunca notou nenhum comportamento estranho. No entanto, disse que, na última aula, o garoto a questionou se ela havia dirigido quando era criança e se já tinha magoado os pais.

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Na mochila de Marcelo, a polícia encontrou um revólver calibre 32. Entretanto, os cinco tiros disparados no crime saíram da pistola .40 encontrada em sua mão esquerda _há informações de que ele era canhoto. 

Um exame residuográfico de pólvora feito na mão do garoto deu negativo. No entanto, a polícia informou que isso pode ocorrer mesmo com a suspeita de que o rapaz fez pelo menos cinco disparos. 

De acordo com Itagiba, a arma utilizada no crime era da mãe de Marcelo. Por estar afastada do trabalho, em decorrência de uma recente operação na coluna, Andrea não tinha autorização para portar esta arma.

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Marcelo possuía em seu quarto uma grande quantidade de armas de brinquedo, além de um escudo de papelão com o nome do “Choque”. Ainda de acordo com Itagiba, o menino era diabético e tinha fibrose, doença que prejudica o desenvolvimento. 

Caso

Luis Marcelo Pesseghini pertencia à Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e sua mulher, Andréia Regina Bovo Pesseghini, era cabo da PM. O casal e o filho, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, foram encontrados mortos por disparo de arma de fogo na sala de casa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um revólver .40 foi achado na mão esquerda do menino, sob o seu corpo.

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Em uma outra casa, no mesmo terreno, a mãe de Andréia, Benedita Oliveira Bovo, e sua tia, Bernadete Oliveira da Silva, foram encontradas mortas em camas diferentes, mas no mesmo quarto. Na garagem havia uma mochila com uma faca, uma pistola 32 e outros objetos.

De acordo com a SSP, uma vizinha teria estranhado o fato da a casa estar aberta, com as luzes acesas e ninguém atender. Por isso, chamou a polícia. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Os corpos dos dois policiais, do rapaz e da avó foram levados para Rio Claro, no interior de São Paulo.

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