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Anúncio de aluguel em troca de serviço de babá causa polêmica

O post rendeu acusações de trabalho em situação análoga a escravidão

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 jul 2017, 13h35 - Publicado em 9 jul 2017, 13h22
 (Reprodução/Facebook/Veja SP)
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Entre os milhares de anúncios de aluguel que circulam pelo Facebook, um tem chamado a atenção e despertado a ira de muita gente. O motivo? Propõe vaga gratuita, desde que o novo morador se comprometa a fazer companhia de um garoto de 7 anos, filho da dona do imóvel em São Paulo.

“Gostar de criança, saber cozinhar e manter a casa organizada. Você terá que dar almoço e colocá-lo no transporte escolar”, diz o texto.

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A ‘troca’ causou polêmica e rendeu acusações de trabalho em situação análoga a escravidão. São mais de 1 600 comentários e 1 290 compartilhamentos, a maioria com conotação negativa.

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Surpresa com a repercussão, a designer Patrícia Gomes Benfica, 44 anos, diz que a ideia veio de conversas com outras mães que criam o filho sozinhas. “Já faz seis dias que publiquei o anúncio, mas só hoje vi a enxurrada de críticas”, diz.

Enfrentando dificuldades financeiras, ela pensava há algum tempo na ideia de criar uma moradia compartilhada com outras mães. “Pagava 700 reais para uma moça cuidar do Theo pela manhã, mas ela tinha preguiça até de fazer um suco de limão. Então resolvi propor a troca, o aluguel está cada vez mais caro em São Paulo e pensei que pudesse ajudar”, afirma.

A ideia é que o inquilino dívida o quarto no apartamento de 65 m² com a criança e utilize normalmente todas as dependências da casa. Ela diz ter recebido propostas de homens e mulheres de várias cidades do país. “A que mais gostei é mãe de uma criança de 2 anos, com uma história muito parecida com a minha.”

Ela espera encontrar patrocinadores para um projeto ambicioso: transformar outro imóvel que possui em uma casa para mulheres que criam os filhos sozinhas e diz não ter medo de possíveis represálias do poder público. “Qualquer investigação só vai comprovar que eu sou uma pessoa do bem.”

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