Estado socorreu 68 animais feridos por linha de pipa no primeiro semestre
De coruja a pica-pau, todas as espécies atendidas apresentavam lesões ocasionadas por linhas com ou sem cerol
Com a chegada das férias no mês de julho, é comum que crianças e jovens empinem mais pipas do que no resto do ano. O uso de cerol nas linhas, porém, pode ocasionar problemas, como é o caso dos 68 animais feridos que foram socorridos pelo Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras São Paulo).
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Entre as 23 espécies distintas que foram atendidas, de coruja a pica-pau, todas estavam com lesões ocasionadas por linhas com ou sem cerol.
Os acidentes não ocorrem durante a prática de empinar pipa, mas sim com pedaços de linhas que ficam enroscados em árvores, casas, prédios e outras edificações.
Outro problema recorrente é que os animais acabam usando essas linhas para produzir seus ninhos. “Isso ocorre principalmente com as maracanãs (Psittacara leucophtalmus) e com o periquito-rico (Brotogeris tirica). Eles substituíram os itens naturais por linhas para forrar os seus ninhos”, explica Lilian Sayuri Fitorra, coordenadora do Cetras. “Durante o desenvolvimento dos filhotes, à medida que eles crescem, eles enroscarem as patas, o que pode resultar em lesões graves ou até mesmo na amputação completa.”
Os tratamentos podem implicar em implante de penas, pequenas cirurgias e até amputações.