Acidentes com pipas na rede elétrica cresceram 55,6% na capital
Enel registrou média de cinco ocorrências por dia só no primeiro semestre deste ano
De janeiro a junho deste ano foram registrados 831 acidentes na rede elétrica da capital envolvendo pipas, numa média de cinco ocorrências deste tipo por dia. O número é 55,6% superior a igual período de 2022.
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Os dados são da Enel, concessionária que fornece energia elétrica para 24 municípios da Grande São Paulo. Em toda a área de concessão da empresa na região, foram 1 092 registros, número 45% superior ao de 2022. Sozinha, a capital representa 76% de todos os casos do tipo. Em segundo lugar aparece a cidade de Carapicuíba, com 51 acidentes.
Trata-se de um tipo de problema que vem crescendo segundo os registros da empresa. Em todo o ano de 2022 foram 2 082 ocorrências, número 19,4% maior do que em igual período de 2021.
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Segundo a concessionária, a interrupção temporária do fornecimento de energia elétrica provocada por acidentes com pipas envolvem várias razões, tais como as linhas que ficam enroscadas na rede elétrica desgastando os fios, podendo levar ao desgaste dos fios e curto-circuitos, e até mesmo o rompimento dos cabos.
A maior preocupação da empresa é em relação à proximidade das férias escolares. Entre as dicas está a de evitar subir pipas próximo às fiações e preferir áreas abertas e não usar materiais metálicos na composição do brinquedo, tais como alumínio, que podem conduzir eletricidade e aumentando o risco de choque elétrico. Caso alguma pipa fique enroscada na rede, a orientação da Enel é a de não arremessar objetos para tentar resgatá-los. A empresa também recomenda não usar a versão mais potente do cerol, conhecida popularmente como “linha chilena”. Enquanto o cerol é feito à base de cola e cacos de vidro moído, a “linha chilena” leva óxido de alumínio e pó de quartzo em sua composição, mistura que pode até cortar fios elétricos.