Quando era goleiro do Corinthians, de 1969 a 1974, Eduardo Roberto Stinghen, o Ado, tinha pinta de galã e curtia a fama, o dinheiro e a boemia. Mas o clube o proibia de pilotar motos, seu hobby predileto. “Diziam que era perigoso”, conta. Hoje, com 63 anos, o campeão mundial pela seleção brasileira na Copa de 70 (foi reserva de Félix) tira o atraso. Toda terça-feira à noite, escolhe uma de suas seis motocicletas (na foto, uma BMW de 1?200 cilindradas) para cair na estrada com os amigos do Jardim Paulistano Moto Clube. O encontro repete-se há oito anos no posto de combustível na esquina da Rua dos Pinheiros com a Avenida Pedroso de Morais. Na semana passada, os motoqueiros foram para Santos. “Não tenho o mesmo charme de outrora, mas ainda sou reconhecido de vez em quando”, diz Ado.