Continua após publicidade

Anac revela que LaMia teve quatro voos negados no Brasil

Empresa aérea, responsável por levar o time da Chapecoense para Medellín, tinha apenas uma aeronave funcionando e ela esteve no Brasil duas vezes

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 19h46 - Publicado em 1 dez 2016, 08h19

Dos seis pedidos de voo que a companhia aérea LaMia solicitou à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) recentemente, quatro foram negados. A empresa, responsável por levar o time da Chapecoense para Medellín, tinha apenas uma aeronave funcionando e ela esteve no Brasil duas vezes.

+Chapecoense ganha 13 000 novos sócios-torcedores

“O primeiro voo foi solicitado no dia 5/10 para o transporte da seleção boliviana para um jogo, em Natal, no dia 6/10. O segundo voo foi solicitado no dia 6/11 para transportar a seleção da Argentina também para um jogo, em Belo Horizonte”, explicou a Anac. Ou seja, a mesma aeronave que caiu na Colômbia transportou Lionel Messi, Di Maria e Marcelo Moreno, entre outros atletas.

A primeira rota em outubro foi entre Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, até Brasília, distante aproximadamente 1.626 quilômetros. O avião então reabasteceu e seguiu para Natal, voando por mais 1.777 quilômetros. Pela autonomia da aeronave, seria impossível fazer o trajeto sem parada.

O outro voo, em novembro, trouxe a delegação da Argentina para Belo Horizonte. O trajeto foi de Santa Cruz de la Sierra até Buenos Aires, só com piloto e comissários de bordo, e aí partiu da capital da Argentina até a capital de Minas Gerais, numa distância de cerca de 2.166 quilômetros em linha reta.

Continua após a publicidade

Nas redes sociais, o piloto Miguel Quiroga publicou fotos em vídeos com os jogadores das duas seleções que vieram ao Brasil para a disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Em ambas ocasiões, o avião trazia o emblema das confederações de futebol dos dois países.

Mas os outros pedidos para viajar ao Brasil feitos por Quiroga foram negados. Em outubro, ele solicitou voar de Belo Horizonte para Barranquilla, na Colômbia, mas a Anac negou porque “nas avaliações iniciais constatamos que a companhia não possuía o trigrama da Icao (autorização da International Civil Aviation Organization) para realizar voos comerciais”.

Já em novembro, a LaMia solicitou operar na rota Santa Cruz de La Sierra, Buenos Aires, Porto Alegre, Chapecó, Foz do Iguaçu e Santa Cruz de la Sierra, mas o voo também foi negado por “falta de infraestrutura aeroportuária disponível no aeroporto de Porto Alegre. O operador aeroportuário declarou à Anac que no horário e dia solicitados pela empresa para operar o voo (3 de novembro, por volta de 12 horas) não haveria disponibilidade de pista e de pátio”.

Os dois últimos pedidos negados, para voos ida e volta entre Brasil e Colômbia, em novembro, foram negados por ferir a 7.ª liberdade do ar, ou seja, a empresa com sede na Bolívia não poderia realizar um trajeto entre dois países diferentes dos seus. Esses dois voos eram os que levariam a equipe da Chapecoense até Santa Cruz de la Sierra e depois a Medellín.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.